O ex-diretor da Secretaria Municipal de Administração, José Cláudio Ferreira, o Zé Pera e o ex-assessor executivo da Secretaria Municipal de Governo, Thiago Henrique Braz Mendes, foram transferidos nesta quinta-feira da cadeia de Penápolis para O CDP (Centro de Detenção Provisória) de Nova Independência. Essa semana outros três envolvidos que tiveram a prisão temporária convertida em preventiva também foram transferidos.
A reportagem do Regional Press apurou que o sindicalista José Avelino Pereira, o Chinelo, apontado como líder da suposta organização criminosa alvo de investigação da Polícia Federal, que desencadeou a Operação #tudonosso, e o filho dele, Ígor Tiago Pereira, sindicalista e empresário, foram transferidos para o CDP de Hortolândia na terça-feira (20).
A ex-diretora do Departamento de Gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social, Sílvia Aparecida Teixeira, que estava detida em Dracena, foi transferida, também na terça-feira, para a penitenciária feminina de Tupy Paulista. A confirmação foi feita pela assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Das 15 pessoas detidas na Operação #tudonosso, 10 foram liberadas após vencimento dos mandados de prisão temporária e os cinco tiveram a conversão para prisão preventiva. No caso de Zé Pera e Thiago Mendes, que estavam em Penápolis, eles passaram hoje pela CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Araçatuba.
A escolta da Polícia Civil trouxe os dois presos até a carceragem da CPJ, de onde eles foram em um veículo da SAP para o CDP de Nova Independência. A transferência ocorreu por volta de meio-dia.
A Operação “Tudo Nosso”, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (13), investiga contratos suspeitos firmados com a Prefeitura de Araçatuba na gestão de Dilador Borges (PSDB) e Edna Flor (Cidadania), nos setores de Educação e Assistência Social, que superam a cifra de R$ 15 milhões nos últimos dois anos.
O desvio mensal apurado pela PF é de, pelo menos, R$ 120 mil por mês, no período de 2017 a 2019, que iriam para Chinelo. Os valores desviados, no entanto, podem ser muito maiores, já que a PF não teve acesso a todos os contratos ainda. A operação da PF envolveu 150 policiais federais.