O corpo do homem encontrado morto com sinais de espancamento na madrugada deste domingo (12) na rodovia Deputado Jorge Maluly Netto, próximo a pontilhão do traçado ferroviário, no bairro Traitú, zona sul de Araçatuba, é Cleiton Moreira Frias da Silva, que tinha 27 anos. Em 2020 ele foi acusado de atropelar propositalmente um companheiro de trabalho.
Um familiar esteve no IML (Instituto Médico Legal) e fez o reconhecimento do cadáver. Além da verificação da aparência física, o reconhecimento também foi possível porque Silva tinha uma tatuagem de caveira no braço, e outra tatuagem na mão. Ele morava no bairro Claudionor Cinti, na região em que o corpo foi encontrado.
Sobre a rodovia
A polícia rodoviária foi acionada no início da madrugada de domingo com a informação de um cadáver masculino que estava sobre a rodovia. Uma equipe foi ao local e acionou a Polícia Civil. O corpo precisou ser retirado da via antes da chegada da perícia por questões de segurança das equipes no local.
O corpo apresentava três cortes no braço, aparentando terem sido provocados num momento de defesa. Também havia perfurações nas costas e outras mais profundas no tórax, provocadas, segundo a polícia, aparentemente por faca e facão.
O homem também estava com ferimentos graves na cabeça, inclusive traumatismo craniano deixando exposta a massa encefálica. No acostamento havia manchas de sangue. Uma das hipóteses é de Silva tenha sido assassinado em outro local e o corpo desovado na rodovia para despistar a polícia, para simular um possível atropelamento.
Atropelamento
Em março de 2020, durante uma discussão no local de trabalho entre dois auxiliares gerais de uma distribuidora de Araçatuba, Silva, então com 23 anos, declarou na frente de várias pessoas que iria atropelar o parceiro de trabalho.
Posteriormente ele foi acusado de ter cumprido a promessa, atropelando a vítima na esquina da rua Aguapeí com a Honório Camargo de Oliveira Júnior, no bairro Pedro Perri, em Araçatuba.
Na época, de acordo com informações da Polícia Militar, a vítima estava de bicicleta na rua Aguapeí, a caminho do trabalho. Quando passava pela esquina da rua Honório Camargo de Oliveira Júnior foi atropelado por um veículo Ford Fiesta, branco, que reconheceu o motorista como sendo Silva.
Silva admitiu para policiais militares que dirigia o carro e realmente atropelou a vítima, mas afirma que não foi proposital. No entanto, disse que ao reconhecer a vítima, decidiu deixar o local.