O Brasil apresentou um forte crescimento no mercado de trabalho formal nos dois primeiros meses de 2024, com a geração de 474.614 novos empregos com carteira assinada. Este número representa um aumento expressivo em comparação com o mesmo período do ano anterior, demonstrando a recuperação econômica do país.
Em fevereiro, foram criados 306.111 postos de trabalho, ultrapassando as 168.503 vagas geradas em janeiro. Este resultado é fruto da diferença entre 2,24 milhões de contratações e 1,94 milhão de demissões em todo o território nacional, conforme dados divulgados pelo Novo Caged.
Todos os setores da economia contribuíram para este crescimento, com o setor de Serviços liderando a criação de empregos, responsável por 193 mil novas vagas. Em seguida, a Indústria com 54,4 mil, a Construção com 35 mil, o Comércio com 19,7 mil e a Agropecuária com 3,7 mil.
São Paulo destacou-se como o estado com o maior saldo de empregos formais em fevereiro, adicionando 101.163 novos postos, principalmente no setor de Serviços. Minas Gerais, com 35,9 mil, e Paraná, com 33 mil, completam o trio dos estados com maior saldo no mês. Fevereiro foi um mês com queda para os estados da Paraíba (-9), Maranhão (-1,2 mil) e Alagoas (-2,8 mil).
No acumulado do ano, o destaque fica novamente para o setor de Serviços, com um incremento de 268,9 mil postos de trabalho. Esse resultado positivo reflete a robustez do segmento na geração de empregos, especialmente nas áreas de administração pública, educação, saúde humana e serviços sociais.
Apesar da expansão no número de vagas, o salário médio real de admissão em fevereiro sofreu uma leve retração, fixando-se em R$ 2.082,79. No entanto, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, observa-se um ganho real de 1,4%.
A distribuição de empregos por gênero e faixa etária mostrou que as mulheres ocuparam 159,1 mil dos postos gerados, enquanto os homens preencheram 146,9 mil. Jovens entre 18 e 24 anos foram os mais beneficiados, especialmente entre os grupos étnicos pardos, brancos e pretos.