O candidato da administração municipal que irá disputar a Prefeitura de Araçatuba nas eleições 2024 sairá em fevereiro. É o que garante o chefe de gabinete do prefeito Dilador Borges (PSDB), o coronel reformado da Polícia Militar Deocleciano Borella Júnior (PSD), que é um dos cotados a encabeçar a chapa majoritária do grupo da situação.
A afirmação foi feita em entrevista à jornalista Alessandra Nogueira, no programa Fala Tudo, da Band FM 96,9 de Araçatuba, no início da noite dessa quinta-feira (18).
Borella, que antes descartava qualquer participação nas eleições como candidato, mostrou-se bem mais à vontade para falar sobre política e explicou por quê mudou de ideia e concordou em colocar o seu nome à disposição do grupo ao qual pertence.
Antes, no entanto, disse que participou de uma reunião, em São Paulo, com o presidente de seu partido, Gilberto Kassab, que atualmente é secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, e informou que a decisão final sobre o candidato da administração sai em fevereiro.
Os possíveis pré-candidatos que têm o apoio de Dilador são a vice-prefeita Edna Flor (Cidadania), o próprio Borella e o secretário municipal de Governo e de Desenvolvimento Agroindustrial, Arnaldo dos Santos Vieira Filho.
A escolha entre estes três nomes irá sair, segundo o chefe de gabinete, pouco antes do início da chamada janela partidária, período determinado pela lei para os parlamentares trocarem de partido sem perder o mandato. Este ano, a janela vai de 7 de março a 5 de abril.
Até lá, o que se tem são especulações a respeito deste ou daquele nome. Nesta sexta-feira (19), por exemplo, circulou nos bastidores da política local que Edna Flor teria sido a escolhida, após uma reunião.
A informação, no entanto, foi rebatida por integrantes da administração, que informaram que o prefeito Dilador Borges nem em Araçatuba está nesta sexta, pois cumpre agenda em São Paulo.
“Nosso grupo está unido”, diz chefe de gabinete
Borella garantiu que o grupo de Dilador está unido. “Estamos coesos e das pessoas que estão ali sairá o candidato do nosso grupo, com certeza”, garantiu.
Quando houve a campanha para deputado, em 2022, o nome dele que foi cogitado. Mas disse ao Dilador que não queria, não tinha interesse.
Você vive num grupo que sempre andou unido, chegou uma hora que disseram que eu tinha que coloborar e colocar o meu nome à disposição.
Borella, que sempre descartou qualquer possibilidade de ser candidato, hoje está mais desenvolto, se comportando como a possível cabeça de chapa que irá representar o grupo da administração nas eleições majoritárias.
“Não é fácil. Eu tenho uma certa timidez, não sou uma pessoa extrovertida, gosto de ficar no meu cantinho. Isso não era a minha praia, mas comecei a ser cobrado e, como o grupo está bem unido, me disseram que eu não poderia fugir e foi aí que eu concordei em colocar o meu nome à disposição”, afirmou.
Ele citou que raramente aparecia em fotos, mas admite que vem sendo flagrado pelas câmeras nos eventos da Prefeitura e até tem feito discursos, como o que discorreu na inauguração do prolongamento da avenida Joaquim Pompeu de Toledo, no ano passado.
Candidato a deputado estadual
Borella admite que, em 2022, o seu nome foi cotado para ser lançado a candidato a deputado estadual, mas ele declinou do convite feito pelo prefeito Dilador Borges e quem acabou saindo foi a primeira-dama, Deomerce Damasceno.
“Se eu tivesse lançado o meu nome a deputado no lugar da Deomerce, o meu nome teria esquentado um pouquinho mais, seria muito importante. Mas não era a minha intenção na época, não podemos reclamar do que foi feito”, ponderou.
Feitos da administração
O chefe de gabinete do prefeito disse, ainda, que considera o trabalho da atual administração excelente, o que o motiva a ser um possível candidato.
Como exemplo dos feitos do governo, ele citou o prolongamento da Pompeu, a pavimentação da avenida Juscelino Kubitschek e a obra que ele considera mais importante, a instalação de galerias pluviais do bairro Esplanada, o que resolveu o problema das enchetes no local.
A pavimentação das vias do bairro Engenheiro Taveira, cujas obras estão previstas para este ano, também foi lembrada.
“Nosso grupo só não anda junto com o PT”
Questionado sobre o candidato a vice, Borella disse que tudo é possível e reproduziu uma fala de Dilador: “Nosso grupo só não anda junto com o PT”.
A respeito da possibilidade de o vereador Lucas Zanatta ser o vice, ele afirmou ser possível. “O Lucas é meu amigo, gosto muito do Fernando Fabris (suplente e amigo de Zanatta) e a gente já conversou”, disse. “Tudo é possível”, repetiu.
Borella lembrou, ainda, que após a escolha dos nomes que estarão na disputa pela situação, poderá haver mudanças, caso um ou outro não decole nas pesquisas.
“Esse jogo final é complicado. E a mudança pode ser feita na última hora. Tudo isso tem que ser levado em conta, com muito critério e muita responsabilidade”, finalizou.