Dois homens identificados pelas iniciais R.S.F., 31 anos e R.W.S.O., 27, foram denunciados pelo Ministério Público no final de setembro e a Justiça acatou a denúncia da dupla, que agora está respondendo pelo homicídio do araçatubense Juliano Pompílio Alves, no dia 23 de julho de 2022 no Jardim Pevi, em Penápolis.
O inquérito foi conduzido pelo delegado do 1º DP de Penápolis, Thales Anhesini, que conseguiu, após realização de diversas diligências e providências de polícia judiciária, tais como interrogatórios, arrecadação de imagens, apuração de procedência de denúncias anônimas e perícias, identificar os dois envolvidos.
Conforme as investigações, R.S.F. foi o responsável pelos disparos e o primo dele, R.W.S.O., prestou com seu veículo amparo logístico para que o criminoso pudesse chegar até o local, desferir os tiros, e fugir rapidamente da cena do crime.
O inquérito foi relatado no dia 19 de julho e o delegado deliberou de modo fundamentado pelo indiciamento de R.S.F e de R.W.S.O pelo crime de homicídio qualificado, praticado por motivo fútil e com emprego de recurso que tornou impossível a defesa da vítima.
No dia 25 de setembro o Ministério Público denunciou os primos e no dia 28 de setembro o Juízo aceitou a denúncia. R.S.F. encontra-se preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto.
Homicídio
Juliano Fernandes foi alvejado por três disparos de arma de fogo em julho do ano passado em um bar no Jardim Pevi, em Penápolis. Por volta de 1h30 o atirador esteve no depósito para comprar um “corote” de pinga e teria se “estranhado” com a vítima apenas porque esta encarou ele. Ele saiu do local e voltou minutos depois, no que de imediato desferiu os disparos contra Juliano e fugiu.
Outro caso
A Polícia Civil não descarta ainda a participação dele em mais dois homicídios, um deles em 14 de maio deste ano em Avanhandava, tendo como vítima Tadeu Augusto de Oliveira, de 48 anos, assassinado a tiros no sítio onde morava com a esposa e a filha no bairro Borá.
A irmã dele, também de 48, seria a mandante e está presa preventivamente. Pouco depois das 21h30, ela chegou de carro. Ao ouvir o barulho, a vítima se apoderou de um revólver calibre 38 e foi até à porta da sala, perguntando quem era.
Quando a investigada se identificou, ele colocou a arma sobre o rack da sala e foi até o carro. A mulher estaria acompanhada de um rapaz desconhecido e disse que o veículo, um Ford Ecosport 2020, estava com problemas mecânicos, pedindo água.
Oliveira retornou para a casa e, quando voltava de posse de uma jarra, o suspeito que estava no banco do passageiro passou a atirar contra ele, que foi atingido, caindo ao chão. Pouco tempo depois, a acusada acionou a Polícia Militar em Avanhandava, informando que havia sido sequestrada por duas pessoas quando estava em Promissão.
Ela ainda contou que entrou no carro com os criminosos, sendo ordenada a levá-los até a casa do irmão. No local, deveria relatar que o veículo estava com problema e pedir água.
Questionada sobre as características dos criminosos, a mulher não soube descrever. Foi descoberto que ela tinha um desentendimento com a família, pois exigia a parte da herança do sítio, apesar de ter os pais ainda vivos, passando a ameaçá-los.