O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, solicitou sua liberdade provisória ao Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa de Cid apresentou ao STF um termo de intenção de delação premiada, indicando disposição do oficial em colaborar com as investigações.
O pedido encontra-se sob análise do ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos em que Cid figura como investigado. A liberdade provisória, se concedida, deverá perdurar até a conclusão do julgamento.
O Ministério Público Federal será responsável por emitir um parecer sobre a proposta de delação, que posteriormente será aceito ou rejeitado pelo ministro Moraes. Conforme o acordo, Mauro Cid renunciará ao direito ao silêncio nos próximos depoimentos.
A delação proposta poderá implicar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma série de esquemas criminosos. Estes incluem o transporte e venda ilegal de presentes de delegações estrangeiras, fraudes em cartões de vacinação, invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, e supostas tentativas de golpe de Estado.
Mauro Cid está preso preventivamente desde 3 de maio no Batalhão do Exército de Brasília, suspeito de manipular carteiras de vacinação de Jair Bolsonaro e sua filha, Laura Bolsonaro, para inserção de doses de covid-19 nos registros oficiais.