Em uma reviravolta surpreendente para muitos, a cor rosa nem sempre foi associada ao feminino. De fato, até o início do século 20, o rosa era frequentemente visto como uma cor neutra ou até mesmo masculina em algumas culturas.
Historicamente, as cores não possuíam gêneros específicos. No entanto, a industrialização e a ascensão da publicidade no início do século 20 começaram a influenciar a percepção das cores. Durante esse período, os fabricantes de roupas e brinquedos começaram a promover certas cores para meninos e meninas, em uma tentativa de segmentar o mercado e aumentar as vendas.
Curiosamente, em algumas campanhas publicitárias dos anos 1920 e 1930, o rosa era promovido como uma cor adequada para meninos, sendo descrito como uma versão mais decidida do vermelho, enquanto o azul, mais suave e delicado, era sugerido para meninas. No entanto, essa tendência se inverteu nas décadas seguintes.
A mudança definitiva na associação do rosa com o feminino pode ter sido influenciada por vários fatores, incluindo a moda, o cinema e a publicidade. Um exemplo notável é o lançamento do icônico vestido rosa de Marilyn Monroe no filme “Os Homens Preferem as Loiras” de 1953, que solidificou a cor como símbolo de feminilidade na cultura popular.
Com o passar do tempo, essa associação se fortaleceu, levando à percepção atual de que o rosa é predominantemente uma “cor de menina”. No entanto, movimentos contemporâneos de igualdade de gênero têm desafiado essas normas tradicionais, promovendo a ideia de que cores não possuem gênero e devem ser livres de estereótipos.
A associação do rosa com o feminino é um fenômeno relativamente recente, moldado por influências culturais e comerciais ao longo do século 20. Hoje, enquanto muitos ainda veem o rosa como uma cor feminina, há um crescente reconhecimento de que as cores são, em sua essência, neutras e não devem ser limitadas por convenções de gênero.