O Ministério Público de Minas Gerais descobriu um esquema ilícito montado por um médico dentro do Pronto Atendimento do Hospital Santa Isabel, em Ubá, na Zona da Mata mineira. O médico foi condenado a mais de cinco anos de reclusão em regime semiaberto por cobrar de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para terem acesso prioritário a consultas e por cobrar ilicitamente de gestantes do SUS para agendamento de partos no mesmo hospital.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais, o médico exigia o pagamento de quantias indevidas de 24 pacientes do SUS para que tivessem acesso prioritário a consultas no Pronto Atendimento do Hospital Santa Isabel. Mesmo apresentando quadros de saúde menos graves, os pacientes que se dispunham a pagar eram atendidos diretamente e prioritariamente, enquanto aqueles que não podiam pagar eram deixados em espera.
Além disso, ficou provado que o médico exigia ilicitamente de gestantes usuárias do SUS o pagamento para agendamento dos partos, usualmente cesáreos. Após o recebimento das quantias indevidas, as gestantes eram direcionadas ao hospital nos dias de plantão do médico, sendo todos os procedimentos faturados pelo SUS.
O médico foi condenado em dois processos e deve cumprir pena de cinco anos de reclusão em regime semiaberto em cada um deles. A Justiça determinou ainda o afastamento definitivo do profissional da prestação de serviços na entidade. O esquema ilícito foi descoberto durante a Operação Sala Vermelha, realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais em junho de 2019.
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