Três estudantes do curso de biomedicina, Bárbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalatti, apareceram em um vídeo zombando de uma colega de sala por ela ter mais de 40 anos. O vídeo foi inicialmente postado no “close friends” do Instagram, mas acabou viralizando.
Ao g1, Bárbara Calixto afirmou que as jovens não esperavam que o caso tivesse tanta repercussão e que o vídeo foi apenas uma brincadeira de mau gosto. Ela ainda disse que não acredita que pessoas mais velhas não possam adquirir uma graduação e que a fala foi imprudente e infeliz.
“Nunca foi na intenção de dizer que pessoas de mais idade não podem adquirir uma graduação, pois não tenho esse pensamento. Foi uma fala imprudente e infeliz que tomou uma proporção que não imaginávamos”, disse.
As estudantes podem responder judicialmente pelas ofensas, uma vez que são maiores de idade. O caso já teve mais de três milhões de visualizações e causou revolta nas redes sociais.
No mesmo dia da publicação do vídeo, estudantes do quarto ano do curso manifestaram apoio à colega mais velha, Patrícia Linares, entregando flores, cartas e chocolates para ela.
Como foi o vídeo
Três alunas universitárias de Bauru (SP) estão sendo alvo de críticas nas redes sociais após um vídeo (veja mais abaixo) em que elas zombam de uma colega de classe de 40 anos ter se tornado viral. Nas imagens, as jovens ironizam a idade da mulher, sugerindo que ela deveria estar aposentada e afirmando que ela não sabe o que é o Google.
No vídeo, uma das estudantes ironiza: “Gente, quiz do dia: como ‘desmatricula’ um colega de sala?”. Logo na sequência, outra jovem responde: “Mano, ela tem 40 anos já. Era para estar aposentada”. “Realmente”, concorda a terceira fazendo uma cara de deboche.
A atitude das estudantes gerou indignação entre os internautas, que condenaram a discriminação etária e defenderam a importância da inclusão e do acesso à educação. Uma usuária das redes sociais compartilhou a história da avó, de 65 anos, que teve a oportunidade de entrar na faculdade e como isso mudou sua vida. Outra comentou que sua mãe, de 50 anos, também está prestes a ingressar na faculdade e que esse tipo de comportamento é inaceitável.
A Universidade UniSagrado, onde o incidente ocorreu, divulgou um comunicado condenando qualquer tipo de discriminação e enfatizando seu compromisso com a diversidade e a inclusão. “Para começarmos esta conversa, deixamos claro que não compactuamos com qualquer tipo de discriminação. Completando… defendemos uma causa: A EDUCAÇÃO. Na verdade, somos a causa. Acreditamos que todos devem ter acesso à educação de qualidade, desde pequenos até quando cada um quiser, porque educação é isso: autonomia. Isso tudo faz sentido para nós”.
Colegas fazem homenagem
Após a grande repercussão do vídeo, a aluna recebeu uma demonstração de carinho e apoio de seus colegas de curso. Ela foi surpreendida com um buquê de flores e um gesto de solidariedade que foi compartilhado pela sobrinha da mulher em seu perfil no Instagram.
A publicação recebeu diversos comentários de apoio e incentivo, mostrando que a comunidade acadêmica não tolera nenhum tipo de preconceito ou discriminação. Uma colega de curso da aluna disse: “Nós, do 4º ano de Biomedicina, repudiamos qualquer falta de respeito e preconceito. Ficamos muito felizes em saber que em breve teremos uma colega de profissão tão espetacular como você, Paty. Conte com nosso apoio sempre”. Outro comentário desejou “que venham muitas coisas boas na vida dela”.
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