O BTG Pactual, primeiro entre os bancos credores da Americanas a entrar com uma ação na Justiça contra a decisão que suspendeu a cobrança de dívidas da varejista por 30 dias, classificou a divulgação de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões como “a maior fraude corporativa de que se tem notícia na história do país”. As informações são do Metrópoles.
A Americanas obteve o direito de congelar temporariamente o pagamento de suas dívidas e reverter qualquer tentativa de execução de débitos pelos bancos, de acordo com a decisão do juiz Paulo Assed. O BTG entrou com um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) pedindo o efeito suspensivo da liminar concedida à Americanas, pois executou um débito de R$ 1,2 bilhão da varejista.
O banco alegou que os credores não devem ser prejudicados e citou o suposto patrimônio de R$ 180 bilhões dos principais acionistas da empresa – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. A ação foi rejeitada pelo desembargador de plantão no TJ-RJ, Luiz Roldão de Freitas Gomes Filho.
No pedido à Justiça, o BTG acusou os três acionistas principais da Americanas de leniência e citou ainda uma suposta operação de venda de R$ 210 milhões em ações pela diretoria da empresa meses antes do anúncio das inconsistências financeiras. Além disso, o banco afirmou que a varejista tentou resgatar cerca de R$ 800 milhões em investimentos três horas antes do fato relevante ao mercado.