Os 14 médicos que atendem nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Birigui entraram em greve, na manhã desta terça-feira (9), porque estão com os salários atrasados de dezembro e de janeiro atrasados. Os profissionais são contratados pela Organização Social de Saúde (OSS) Irmandade Santa Casa de Birigui.
Os médicos já haviam suspendido as consultas eletivas (agendadas), no dia 20 de janeiro, e só estavam atendendo casos de urgência, emergência, Covid-19 e pré-natal. Apenas casos de extrema urgência estão sendo atendidos. A orientação para os moradores é que procurem o pronto-socorro da cidade.
A paralisação nas UBSs está prejudicando principalmente os pacientes que precisam de receita para medicamentos controlados, como relatou a aposentada Márcia Dias Paião à TV TEM.
“Eu vim procurar atendimento médico e não tem previsão, porque eles estão em greve, que não sai o pagamento, então tem que ficar esperando a vontade de quem é obrigado a pagar, para eles retornarem ao serviço”, afirmou. Ela disse que não está conseguindo tomar o medicamento de que precisa porque a receita é controlada e ela não tem condições de pagar um médico particular.
A Prefeitura informou que fez um acordo para efetuar os repasses em aberto à OSS e que no dia cinco deste mês pagou mais de R$ 1 milhão. Para esta quarta-feira (10), está previsto o pagamento de mais de R$ 300 mil, que será direcionado para o programa Estratégia Saúde da Família (ESF) e, depois, R$ 60 mil referente ao contrato da OSS pelos serviços realizados no pronto-socorro.
Já a OSS disse que vem receendo o acordo, mas como o pagamento foi fracionado, ainda não tem o total para pagar os médicos.