Um guarda municipal que reside em Santo Antônio do Aracanguá está sendo acusado pela sobrinha, hoje com 15 anos, pelo crime de estupro. Os abusos, conforme a denúncia, ocorreram três vezes e começaram quando ela tinha 13 anos e foi morar com o acusado, que é irmão de seu pai.
O último abuso aconteceu em abril deste ano, mas o caso veio à tona porque ela decidiu contar para um irmão mais velho, com quem está residindo atualmente em Araçatuba. A menina não havia denunciado antes porque o homem prometia que iria ajudá-la a virar policial e que no período em que sofria abusos, ele a chantageava e dava presentes, além de pagar contas do pai da vítima.
A menina contou à polícia que residia com o pai, que tem a sua guarda, e por um período de quatro meses, no início do ano, foi morar com o tio, o guarda municipal acusado dos abusos, e com a esposa dele. No entanto, quando tinha 13 anos a menina disse que já havia sido beijada por este tio, que dizia serem namorados, e que não era para contar nada ao pai dela.
Quando a menina ainda tinha 13 anos, o tio a buscou na escola dizendo que a levaria para o rancho e depois sairiam para almoçar. No local, segundo ela, houve o primeiro estupro. Estavam apenas os dois no local e ele mandou que ela tirasse a roupa e deitasse na cama, quando a teria violentado.
Ela disse que estava doendo e ficou sem reação, mas o tio não parou com o ato, prometendo que em troca do sexo iria ajudá-la a ser policial. A adolescente não contou para ninguém o ocorrido porque tinha medo. Os fatos se repetiram sucessivamente no período em que ela residia com o autor, sendo que a última relação teria sido em abril deste ano, e que não se recorda a data com precisão, e sempre ocorria quando a tia não estava em casa.
Presentes
A vítima afirma que depois da primeira relação sexual passou a entender o que de fato estava acontecendo e cedia às relações pois ele dizia que caso ela não aceitasse e voltasse para a casa do pai não iria mais ajudá-la, e se continuasse mantendo as relações ele iria auxiliá-la a ser policial, sendo que ele também dava presentes para a menina, como calcinha, bem como a ajudou a comprar um celular, auxiliou o pai da menina a comprar uma televisão e a pagar o aluguel da casa.
Sem respaldo
O pai da menina, ainda sem saber do que estava acontecendo, pediu para ir embora do rancho, e em maio ela saiu e foi para a casa da irmã, em Araçatuba. Posteriormente passou a morar com o irmão. A vítima já não tem contato com o tio há sete meses. Ela se reuniu com a família para contar os fatos, no entanto, disse que não teve respaldo do pai.
A menina disse que nunca teve namorado e não manteve relações sexuais com ninguém além do tio. Diante dos fatos o irmão da menina decidiu levá-la à delegacia para registrar a ocorrência. O guarda municipal poderá responder pelo crime de estupro de vulnerável.