Foi transferido para São Paulo o empresário Valter José de Paula Petenati, de 39 anos, preso durante a terceira fase da ‘Operação Nereu’ na manhã de quarta-feira (3), em Araçatuba por policiais da EIE (Equipe de Intervenção Estratégica), da 1ª Seccional e da 1ª Delegacia do Idoso da capital paulista, com o apoio de integrantes do GOE/ Deic (Grupo de Operações Especiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais) local.
Ele deverá permanecer em SP prestando esclarecimentos à Polícia Civil. O empresário é acusado de furtar cerca de R$ 500 mil de um banco digital mediante fraude. As investigações apontaram que, para isso, Petenati usava documentos de terceiros para abrir contas nesta agência, que fica na capital paulista, sacava o limite e depositava o dinheiro em contas dele e da esposa.
A polícia ainda descobriu que o homem repassou quantias para contas de um cunhado, das duas filhas de nove e dez anos e de um amigo, sendo que este último revelou ter movimentado cerca de R$ 1 milhão com a fraude. Com o dinheiro obtido desta forma, foram adquiridos diversos bens, entre eles, dois carros de luxo, um deles sendo um Audi Q3, que teria pagado R$ 94 mil em espécie ao vendedor.
LOJAS
Além dos automóveis, o empresário teria montado uma loja de calçados para a esposa em Santo Antônio do Aracanguá, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além da casa dele em Araçatuba, onde foram apreendidos computadores, documentos, celulares e dinheiro.
Os carros foram sequestrados a mando da Justiça. A operação, desencadeada pela Polícia Civil e tendo a frente dos trabalhos o delegado Fábio Daré, apura crimes de estelionatos praticados por uma quadrilha especializada que visava, principalmente, pessoas idosas para serem vítimas dos golpes.
A identificação do empresário ocorreu após auxílio do banco alvo do crime descobrir que, com a experiência que ele tinha no mercado Bitcoin, mais conhecida como moeda virtual, onde trabalhou, usava para praticar as fraudes. Levantamento feito apontou que o investigado abriu contas usando os nomes de, pelo menos, 258 pessoas.
O crime era praticado desde novembro do ano passado e os alvos eram idosos, que procuravam esse tipo de investimento. Como o empresário trabalhava em home office e o cadastro dos clientes era feito digitalmente, onde enviavam fotos deles e dos documentos pessoais. Com isso, ele usava os dados e abria as contas, sacava o dinheiro do limite e repassava para as contas dele e da esposa.
Assim que o banco descobriu que o procedimento era feito nas mesmas contas, bloqueou-as. A partir daí, o empresário teria aberto outras contas, desta vez nos nomes das duas filhas e de outros familiares e conhecidos. A prisão é válida por cinco dias. Ele responderá por furto mediante fraude e associação criminosa.