O Tribunal do Júri de Araçatuba se reúne nesta quarta-feira para o julgamento de Ruan Richard Cwsto Nisa, acusado de matar e ocultar o corpo do travesti Ivan Carlos Rodrigues Costa, assassinado com golpes de pá e enforcamento no dia 6 de setembro de 2015.
O travesti, que era surdo-mudo e morava no bairro Água Branca, fazia programas sexuais e seu ponto era na região da Marcílio Dias. Na época a mãe da vítima registrou b.o. de desaparecimento e fez uma campanha com a distribuição de cartazes a procura do filho.
De acordo com denúncia do promotor Lindson Gimenes de Almeida, o acusado contratou a vítima para um programa sexual. O ato foi consumado em uma construção na esquina da rua Conde Zepelin com avenida Arthur Ferreira da Costa, no Jardim Universo, onde ambos consumiram entorpecentes.
O desentendimento começou quando o telefone celular do réu tocou, causando descontentamento da vítima. Com o desentendimento, Nisa pegou uma pá e golpeou a nunca de Costa por duas vezes.
Em seguida ele foi até um terreno em frente e fez uma cova rasa para enterrar o corpo da vítima. Quando retornou, percebeu que Costa ainda estava vivo. Ele pegou um fio e enforcou a vítima até a morte, enterrando-a na cova.
Na manhã seguinte, com ajuda de outras cinco pessoas (duas delas já falecidas), voltou ao local, fez uma cova mais profunda e transferiu o corpo de lugar. Conforme as investigações, os outros comparsas ajudaram na ocultação do cadáver, tanto para abrir a cova como vigiar o local avisando qualquer aproximação de pessoas. Os outros acusados não foram pronunciados pelo Ministério Público.
Ruan Richard Cwsto Nisa será julgado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto, podendo pegar até 37 anos de detenção. (Folha da Região)