O Tribunal de Justiça de São Paulo aumentou a pena de Gustavo Moreira da Silva, mais conhecido como “Gu” ou “Lampião”, para 33 anos e 9 meses de prisão, pela tentativa de homicídio de três policiais civis, no dia 16 de outubro de 2015, em Araçatuba.
A decisão do TJ-SP atendeu a um pedido do Ministério Público de Araçatuba, que recorreu da decisão do júri local, que condenou Silva a 21 anos e 9 meses, em novembro do ano passado. Na época, o juiz entendeu que se tratava “de um crime só”, por isso a pena teria sido baixa.
O promotor do caso, Adelmo Pinho, recorreu da decisão por entender que a pena foi branda em razão dos crimes praticados pelo réu.
O CASO
Segundo a denúncia do MP, Gustavo é considerado de alta periculosidade, por ser membro de uma organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios brasileiros e de países vizinhos como o Paraguai e a Bolívia.
O crime pelo qual ele foi julgado em Araçatuba ocorreu em 16 de outubro de 2015, durante cumprimento de mandado de prisão. O réu estava escondido em um lote do assentamento Chico Mendes.
Os policiais civis cercaram o local e, para não ser preso, Gustavo atirou contra os policiais, que se abrigaram e não foram atingidos. Houve troca de tiros, mas o acusado conseguiu fugir de moto, sendo preso mais tarde ao procurar atendimento médico na Santa Casa da cidade. Ele foi atingido por dois tiros, na perna e no pé.
Ele estava sendo procurado depois de matar um homem no bairro Alvorada. Os policiais ainda acharam um revólver usado por ele, com numeração suprimida, munições e dois pés de maconha plantados em uma horta no assentamento.
Gustavo, o Lampião, ainda registra antecedente criminal por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Ele está preso em uma unidade prisional de segurança máxima.
Por: Folha da Região/Regional Press