A Justiça de Araçatuba marcou para esta terça-feira (6), às 13h30, a primeira audiência que deve ouvir testemunhas de acusação e de defesa do crime que tem o empresário Antônio Berti Júnior, de 40 anos, acusado de matar a tiros Alessandro de Oliveira Aoki, 34 anos, em um posto de combustíveis localizado na avenida Joaquim Pompeu de Toledo, em abril deste ano.
De acordo com o promotor Adelmo Pinho, responsável pela acusação, essa é a chamada “audiência de instrução”, onde oito testemunhas devem ser ouvidas no Fórum de Araçatuba, e uma nona testemunha, arrolada pela defesa, que está em outra cidade, será ouvida por meio de carta precatória. O acusado deve ser ouvido por meio de uma videoconferência. Ele está detido no Centro de CDP (Centro de Detenção Provisória) de Nova Independência.
Ainda, segundo o promotor, a expectativa é de que todas as testemunhas arroladas no processo sejam ouvidas nesta terça, assim como o empresário. “Se por algum motivo não der tempo de ouvir todos os envolvidos, a complementação ocorrerá em outra data. Mas vamos trabalhar para que tudo seja feito em uma única audiência”, afirma Pinho.
O assassinato de Alessandro Aoki ocorreu no dia 18 de abril. A ação do empresário foi registrada por câmeras de segurança existentes no posto. No entendimento da promotoria, o crime se deu de maneira fútil e o acusado não deu à vítima chances de defesa, chegando a atirar contra ela quando já estava caída ao chão.
O CRIME
No dia do assassinato, conforme denúncia do MP, Alessandro Aoki estava no posto acompanhado de três mulheres e outro homem, fazendo consumo de bebidas alcoólicas, quando o empresário Berti Júnior chegou ao local.
O acusado começou a conversar com o grupo, mesmo sem ter qualquer tipo de relação e, pouco tempo depois, começou a dialogar com as mulheres que acompanhavam Aoki. Na sequência, ainda segundo o MP, Berti passou a ser inconveniente com o grupo, razão que levou a vítima a pedir que o empresário se retirasse do local.
Berti saiu do posto e voltou cerca de 20 minutos depois. Armado com uma pistola, ele se reaproximou do grupo e efetuou uma série de disparos contra Aoki, que não teve tempo de reagir. Na sequência, o empresário entrou em sua caminhonete e fugiu. Porém, foi detido pela Polícia Militar não muito longe da cena do crime.
Pouco tempo após a prisão, a Polícia Civil, acompanhada do MP, promoveu a reconstituição do crime no posto de combustíveis. O empresário foi denunciado por homicídio qualificado. (Folha da Região)