O homem de 32 anos que foi preso em flagrante no final da tarde desta segunda-feira com munições de arma de fogo e drogas, suspeito de ser o autor do incêndio que destruiu a concessionária Hyundai Caoa de Araçatuba na madrugada de sábado, foi colocado em liberdade após audiência de custódia na manhã desta segunda-feira pela Justiça de Araçatuba.
O suspeito, que é funcionário da empresa, foi preso em flagrante porque durante diligências na república onde mora, no bairro Nova York, os policiais encontraram munições de uso restrito e irrestrito, além de diversas peças de veículos da marca da concessionária onde trabalha.
Apesar de ser suspeito do incêndio, o flagrante se deu devido às munições encontradas em sua casa. Ainda não há provas que ele tenha sido o autor do incêndio, motivo pelo qual a análise da custódia foi apenas em função das munições, já que, por falta de provas e como as investigações ainda estão em andamento, o delegado não pediu a prisão dele.
Durante o incêndio as chamas deixaram 12 carros completamente destruídos e prejuízo estimado em cerca de R$ 2,5 milhões. A estrutura do prédio foi comprometido e o imóvel interditado pela Defesa Civil.
De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais passaram a investigar o incêndio depois que 10 cartas foram encontradas na concessionária e chegaram até o suspeito, que é funcionário da empresa. Inicialmente chegou-se a cogitar, pelo teor dos bilhetes, que também poderia ser algum cliente insatisfeito, tese que não foi mantida durante as investigações.
Na tarde de segunda-feira, o suspeito foi abordado por uma equipe da Polícia Civil dentro da empresa e levou os policiais até a residência dele, no bairro Nova Iorque.
No local foram encontradas diversas peças de carros da mesma marca que a concessionária vendia. Ao dar continuidade nas buscas, munições de uso restrito e irrestrito também foram apreendidas.
Ainda segundo o registro policial, uma porção de maconha foi encontrada no porta-luvas do carro do supervisor, que confessou ser usuário de drogas.
Sobre as peças dos automóveis, ele afirmou que elas possuíam defeitos e que iam para descarte. Contudo, não disse o que pretendia fazer com elas.
O gerente da concessionária foi chamado, reconheceu as peças e informou que o trabalhador não tinha autorização para levá-las para casa.
Questionado pelos policiais, ele negou ter ateado fogo ou participado da ação criminosa contra a empresa.