O problema do abatedouro clandestino de aves que funciona nos fundos de uma residência na rua Manoel Balthazar Sobrinho, bairro Umuarama, na zona leste de Araçatuba, parece não ter fim. Nesta quinta-feira a noite moradores próximos estavam revoltados devido ao cheiro de carniça provocado pelas vísceras que foram jogadas em um terreno ao lado do imóvel onde acontece os abates.
Os moradores pedem para não serem identificados temendo represálias. Eles dizem que o problema é antigo, mas tem piorado nos últimos meses. Uma moradora disse que nesta sexta-feira vai à Polícia registrar um boletim de ocorrência. Na quarta-feira outro morador foi à delegacia denunciar o caso, que ficou registrado como: “Causar poluição de qualquer natureza”, artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais, e a pena pode variar de um a cinco anos de prisão
No b.o. o morador afirma que procurou a Secretaria Municipal de Saúde, que o encaminhou ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM), onde ele foi aconselhado a registrar um boletim de ocorrência. Como nada foi feito e nesta quinta-feira voltou a ter uma sessão de abate de aves no local, amanhã ele vai novamente atrás dos órgãos competentes pedir providências.
A moradora que pretende ir à delegacia nesta sexta-feira disse que várias vísceras das galinhas abatidas foram arremessadas por cima do muro e jogadas em um terreno. No local os acusados do abate já descartaram vísceras enterrando, mas ultimamente jogaram sobre o terreno, o que vem provocando cheiro de carniça.
De acordo com os vizinhos, os acusados compram galinhas de descarte em granjas da região, realizam o abate clandestinamente nos fundos da residência, passam coloral nas aves abatidas e promovem a venda como sendo frango caipira.
No imóvel denunciado já houve uma fiscalização em 2017 e um dos moradores chegou a ser preso na época, mas o problema, segundo os vizinhos, continua até hoje e os moradores não se intimidaram com a ação de 2017.