Araçatuba sofre com epidemia de dengue neste ano, com mais de 960 casos da doença. O maior número de casos registrados do começo do ano até agora está na zona leste.
Dos cinco primeiros bairros com os maiores números de casos de dengue, três são da zona leste: Hilda Mandarino, Umuarama e Alvorada. O Hilda Mandarino, por exemplo, teve 60 casos da doença desde o começo do ano, e o Umuarama teve 47. Alvorada vem em terceiro, com 38.
A Vigilância Epidemiológica de Araçatuba anunciou a epidemia de dengue, na sexta-feira, 3 de maio, com 967 casos confirmados e 1.524 em investigação. Até o dia 26 de abril, eram 732 casos da doença, e em uma semana houve um aumento de 235 confirmações.
A cuidadora de idosos Genir Ferreira Lopes, 60 anos, mora em um dos bairros com maior número de casos: o Hilda Mandarino.
Ela teve a doença no final de janeiro e começou a sentir moleza, falta de apetite e dor pelo corpo inteiro. Ela procurou o médico, que fez o exame e comprovou a dengue. “Passei muito mal, não comia nada, tudo estava ruim, tomava líquido o dia inteiro e só ficava deitada”, afirma.
Apesar da maioria dos casos ser na zona leste, tem outra região da cidade preocupando agora: a zona oeste. Nesta região são poucos casos positivos, mas tem aparecido muita gente com os sintomas da doença. Por causa disso, a Vigilância está intensificando as ações nesse setor agora.
“Trabalho continua normalmente com o controle de criadouros e de nebulização nas casas. Os agentes passam nas casas diariamente”, afirma Célia Taiacol, chefe da Vigilância Epidemiológica.
Araçatuba começou a fazer também o segundo Liraa, que é o levantamento de infestação de mosquito na cidade. O primeiro, feito no período de 2 a 31 de janeiro, deu o resultado de 4,9% de índice larvário no município. O recomendado pelo Ministério da Saúde é 1%.
“O Liraa norteia o nosso trabalho para saber qual região da cidade tem mais larvas e onde vamos trabalhar para fazer a limpeza e o trabalho educativo”, afirma Célia.