Um homem de 36 anos foi preso acusado de ser um dos principais fornecedores de pinos plásticos, os chamados eppendorfs, para traficantes que atuam em Araçatuba.
Após investigação que durou quatro meses, policiais civis do GOE (Grupo de Operações Especiais) chegaram ao indiciado, identificado pelas iniciais S.A.M.F., também conhecido como ‘Japonês’.
O acusado foi preso nesta semana em casa, na rua Barão do Triunfo, durante cumprimento de mandado de busca expedido pela Justiça. Os investigadores apreenderam na residência cerca de 5 mil pinos novos.
Investigação da Polícia Civil aponta que o rapaz seria responsável por fornecer milhares de pinos para traficantes de diversos bairros da cidade. O material é usado para embalo de cocaína vendida no varejo em biqueiras espalhadas pela cidade.
Ainda conforme a investigação, o acusado teria se especializado em um nicho de mercado que consiste no fornecimento desse tipo de material, com cores diversificadas, para cada tipo de traficante.
De acordo com o GOE, ele adquiria o pacote com mil pinos plásticos a R$ 30 e vendia o produto a R$ 80.
A investigação aponta que o indiciado repassava ao menos 3 mil pinos por semana apenas para uma biqueira do bairro Água Branca, periferia de Araçatuba. Os investigadores apreenderam notas fiscais de compra do material na casa do indiciado.
Ele foi autuado em flagrante por associação ao tráfico de drogas. A justiça converteu o flagrante em prisão preventiva (sem limite de tempo). O indiciado foi encaminhado para um presídio da região.
Segundo a polícia, é a primeira vez que um fornecedor de pinos plásticos é preso em flagrante e tem a prisão convertida em preventiva com base na associação ao tráfico de drogas, em Araçatuba.
OUTRO LADO
O advogado do preso, o criminalista Flávio Batistella, nega que seu cliente tenha envolvimento com o tráfico de drogas.
“Meu cliente é inocente e desconhece qualquer contato com traficantes ou outros envolvidos com qualquer tipo de crime”, disse.
“Já entramos com pedido de liberdade e confiamos plenamente na Justiça para reverter essa situação”.