Em recurso impetrado pelo Ministério Público de São Paulo, Silvia Maria de Ribeiro Almeida, condenada por matar o médico legista Antônio Marcos Zibordi de Almeida no município de Assis, teve a pena aumentada.
Condenada em primeira instância a 16 anos de reclusão, Silvia foi sentenciada pela 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça a 18 anos e oito meses, em regime inicial fechado. A vítima era ex-marido da ré.
De acordo com a denúncia, Silvia, inconformada com a separação, agiu por motivo torpe e mediante recurso que tolheu a defesa de Almeida. A ré entrou escondida no imóvel onde estava o ex-marido e esperou que ele dormisse.
“Após, colocou uma luva de borracha e aproximou-se da vítima que, assustada, levantou-se e já recebeu dois disparos – um no terço proximal anterior do braço esquerdo e outro na região infra-orbital esquerda. O terceiro disparo foi efetuado pelas costas, na região cervical posterior à direita da vítima. Apesar de ter acionado mais uma vez o gatilho da arma de fogo, o disparo falhou, picotando a espoleta. Em seguida, retirou da sacola plástica que trazia consigo uma touca de natação, colocou-a na cabeça e saiu do local”.
Ao dar provimento ao recurso do MPSP, o Judiciário considerou que a atenuante concedida no julgamento em primeira instância deveria ser rejeitada, o que levou ao aumento da pena.
O Tribunal de Justiça expediu mandado de prisão contra Silvia, mas ela não foi localizada e encontra-se foragida.