Diretor do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior (Deinter-3), o delegado João Osinski Junior disse na manhã desta terça-feira (30) que as armas de uso restrito das Forças Armadas apreendidas em um terreno em Hortolândia (SP) foram usadas no ataque à empresa de transporte de valores Brink’s, em Ribeirão Preto (SP).
Em entrevista concedida à CBN Ribeirão, o delegado destacou que a Polícia Civil realiza perícia para confrontar a munição apreendida em Ribeirão, com as armas encontradas enterradas na região de Campinas (SP), entre elas um rifle ponto 50 e fuzis 5.56.
“Muitas vezes, mais importante até do que a própria prisão de um elemento é a produção da prova, porque a gente coloca as armas na cena do crime, as pessoas na cena do crime, e uma prova bem feita possibilita que a Justiça tenha condições de fazer a condenação”, disse.
Osinski também não descarta que o carro blindado abandonado no quilômetro 91 da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Campinas (SP), tenha ligação com o ataque à empresa de valores. O veículo estava com pane mecânica e precisou ser rebocado até a delegacia.
Segundo Osinski Junior, um dos criminosos que foi morto em confronto com a Polícia Militar, identificado como sendo Fábio Donner Silva Martins, de 32 anos, já havia sido preso em Minas Gerais, em 2012, e em Goiás, em 2015, por roubo a banco e a empresas de valores.
“O organograma da polícia mineira aponta que ele era um dos chefes da quadrilha na região de Minas [Gerais]. A nossa inteligência aponta que a quadrilha mineira se aliou à quadrilha paulista, que fica na região de Hortolândia, para planejarem esse tipo de crime”, afirmou.
O chefe do Deinter-3 disse que especialistas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) estão colaborando com a Polícia Civil em Ribeirão e que existe uma força-tarefa, inclusive com a Polícia Militar, para o esclarecimento do crime.
“Essa quadrilha vem sendo, aos poucos, desmantelada. Com essas informações, a gente está conseguindo identificar outras pessoas que fazem parte da quadrilha, mas, o mais importante é colocar essas pessoas na cena do crime”, disse.
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