Museus que deveriam preservar a história estão em péssimas condições em Araçatuba (SP).
O mais antigo, o Museu Histórico e Pedagógico Marechal Cândido Rondon, que fica na Rua Quinze de Novembro, no centro da cidade, está fechado para visitação desde janeiro de 2017.
No prédio tem rachaduras, defeitos no telhado e infiltrações nas paredes. Alguns objetos do acervo estão quebrados, cheios de poeira e amontoados.
A situação se repete no Museu do Som, Imagem e Comunicação, na Rua Joaquim Nabuco, que está fechado há mais de dez anos. Nele deveriam ter expostos discos, instrumentos musicais e aparelhos que contam a trajetória do rádio e do cinema no país.
Mas a realidade é bem diferente. Muitos objetos já se perderam e o local estava cheio de cupins. A secretária de cultura Tieza Lemos Marques sabe dos riscos.
“Os dois museus não tem saída de emergências ou extintores. Por isso, a gente não deixa chegar nenhum fósforo perto deles”, diz Tieza.
O principal problema, de acordo com a secretária, seria a falta de verbas e incentivo para estes locais.
“Não existem mais verbas diretamente para a reforma. Todo dinheiro é através de projetos privados ou apoio de incentivos fiscais”, disse.
O único aberto ao público na cidade é o Museu Ferroviário Moisés Joaquim Rodrigues, na Rua Joaquim Nabuco. Inaugurado em 2016, ele tem extintores de incêndio, saídas de emergências e recebe visitas de estudantes.
Para a historiadora Ângela Liberatti a cultura ainda é tratada com descaso em muitos municípios do país.
Em nota a prefeitura informou que o projeto de revitalização do Museu Histórico e Pedagógico já existe e, inclusive, exige instalação de energia fotovoltaica, que é mais apropriada.
Em relação ao Museu do Som, Imagem e Comunicação, informou que o acervo está sendo catalogado e já tem um projeto pronto para reforma da parte elétrica contra incêndio e está fazendo gestões para conseguir recursos.
*Informações TV TEM