Apolícia de São Paulo prendeu mais um suspeito envolvido na morte da soldado Juliane dos Santos Duarte, 27, em São Paulo. A militar foi encontrada morta dentro do porta-malas de um carro em Jurubatuba, a 8,5 km de onde havia sido vista pela última vez.
O suspeito é Felipe Oliveira. Segundo as investigações, ele seria o homem que abandonou a moto da soldado em um local distante da comunidade de Paraisópolis, zona sul da capital paulista, onde a PM morava e foi sequestrada por criminosos armados na última quinta (2).
A identificação de Felipe foi facilitada após a polícia analisar imagens de câmeras da rua que mostram o momento em que ele estaciona a moto na rua. A Folha de S. Paulo não conseguiu contato com a defesa de Oliveira.
Felipe foi preso em uma força-tarefa realizada pelo grupo especial da Corregedoria da Polícia Militar, a PM Vítima, especializada em apurar crimes cometidos contra policiais.
A polícia paulista já havia prendido um suspeito pouco tempo antes de o corpo da soldado ter sido encontrado. Everaldo Severino da Silva, 45, foi preso em Paraisópolis. Uma denúncia anônima ligou a participação dele no assassinato. Silva nega envolvimento no crime.
Ao ser abordado por policiais que patrulhavam a comunidade, o suspeito tentou correr, mas acabou detido. No cerco, Everaldo ainda tentou se desfazer de três celulares. Os aparelhos foram recuperados e vão passar por perícia, segundo a Polícia Civil.
O suspeito foi levado para a carceragem do 89º DP (Portal do Morumbi) e vai ficar 15 dias preso temporariamente por determinação da Justiça.
A polícia informou ainda que deteve na segunda um terceiro homem por elo com o assassinato de Juliane. Sem ter a identidade revelada, o suspeito prestou depoimento à polícia e foi liberado na sequência.
AGONIA
A soldado da PM Juliane deve ter permanecido por mais de 24 horas em poder de criminosos antes de ser assassinada com um tiro na cabeça. A avaliação é da cúpula da Polícia Militar de São Paulo, após uma primeira perícia no corpo da policial.
Os exames periciais apontaram que a soldado morreu entre 24 horas e 48 horas antes da localização do corpo. Isso significa, de acordo com a polícia, que a morte deve ter ocorrido no sábado (4) ou no domingo (5). Segundo testemunhas, a soldado foi levada por bandidos ainda com vida na madrugada de quinta-feira de um bar de Paraisópolis. Ela teria ficado em poder dos criminosos até que seu destino fosse decidido, em uma espécie de tribunal do crime.
O crime ocorreu em uma região que é reduto da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), onde a própria polícia tem dificuldades para entrar.