Novo balanço da Operação Cronos, divulgado na noite desta sexta-feira (24), contabiliza 1.027 pessoas presas e 75 adolescentes apreendidos em todo o país.
Dentre os presos, 14 foram pela prática de feminicídio, 225 por homicídio, 143 por crimes relacionados a Lei Maria da Penha e 421 por crimes diversos. A operação foi deflagrada nesta manhã pela Polícia Civil de diversos estados e tem apoio do Ministério da Segurança Pública.
Segundo o Ministério da Segurança Pública, foram autuadas em flagrante 224 pessoas pelos delitos de tráfico de drogas e posse ou porte irregular de arma de fogo, entre outros crimes. Também foram apreendidas 66 armas de fogo e cerca de 150 quilos de drogas.
Mais de 6,6 mil policiais civis em todo o país estão participando das ações que visam a combater, principalmente, crimes de feminicídio e homicídio. O resultado final da operação será divulgado neste sábado (25).
Mais cedo, o presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis, delegado Emerson Wendt, informou que mais de mil prisões deveriam ser feitas até o fim desta sexta-feira. “O que estamos fazendo hoje é um esforço concentrado no combate ao feminicídio.”
A Operação Cronos é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis. A ação foi definida em julho, durante reunião com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Segundo o ministro, essa megaoperação é o exemplo, na prática, do funcionamento do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) com a integração das polícias com o Ministério Público e o Poder Judiciário que, neste caso, tem o objetivo de combater a violência, especialmente o feminicídio.
As investigações também contaram com o apoio da coleta de material genético que deve chegar a um banco de dados até o fim do próximo ano com 130 mil DNAs coletados. “Quando ocorrer um estupro, um feminicídio, é possível fazer a comparação do material genético encontrado na cena do crime com os DNAs”, disse Jungmann. “Dá velocidade, precisão, e permite a elucidação de crimes.”
O nome da operação, Cronos, é uma referência à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime.