O novo presidente do Conselho de Curadores da FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba) Celso Mendes Gardinal, realizou uma reunião na noite desta quarta-feira reunindo presidentes de todas as entidades que integram o conselho da instituição, além dos curadores, para fazer uma apresentação geral e expor os planos para o próximo biênio, incluindo a implantação da faculdade de medicina.
Advogado, Gardinal já era curador da FEA representando a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), e agora assumiu a presidência do Conselho de Curadores, fazendo uma implantação de choque de gestão, com o objetivo de trazer ainda mais modernização à instituição e expor vários itens que irão compor uma pauta a ser amplamente debatida entre os curadores afim de definir os caminhos para ampliação bem estruturada da Faculdade, que hoje oferece cinco cursos, atende a 717 acadêmicos e possui um patrimônio significativo em imóveis espalhados pela cidade.
Assim que assumiu a presidência ele já deu início às primeiras providências, deixando a fachada da faculdade mais visível e desenvolvendo a uma série de ações, como implantação do sistema de monitoramento com câmeras nas ruas ao redor da FEA, visando aumento na segurança dos alunos e veículos que ficam estacionados na localidade. Também está instalando toldos nos acessos de interligação entre os blocos para dar mais comodidade aos alunos, protegendo-os de sol e chuva.
Em 10 salas de aula que ainda tinham forro de madeira serão instalados forros de PVC e já está em processo de licitação a aquisição de novos aparelhos de ar condicionado, que irão substituir os aparelhos antigos, possibilitando além de modernização no sistema de climatização da unidade, uma maior economia de energia elétrica.
Durante a apresentação, ele ainda falou da missão dos curadores que terão uma série de pautas importantes a discutir a curto prazo, como o futuro da Faculdade, que tem 717 alunos e capacidade para 800. A instituição cresceu muito e o espaço físico está no limite, sendo que a forma de expansão será um dos principais desafios da diretoria para os próximos anos.
A implantação do curso de medicina também é um dos desafios da instituição. O projeto está em andamento no Conselho Estadual de Educação e autorização independe das decisões do MEC, que recentemente anunciou o cancelamento para abertura de novos cursos, medida que não afeta o processo da FEA, que segue os mesmos regimentos da Unesp, USP e Unicamp, inclusive de fiscalização de contas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). De acordo com ele, por ser uma entidade sem fins lucrativos a FEA consegue investir em um bom corpo docente, além de possibilitar mensalidades bem abaixo da média de instituições particulares.
O investimento em um bom corpo docente resulta na qualidade dos cursos, conforme comprovação pelo IGC – MEC, o índice Geral de Cursos, que em uma avaliação de 0 a 5, a FEA conseguiu nota 4 durante cinco anos consecutivos. Hoje a instituição oferece cinco cursos, administração, ciências econômicas, direito, pedagogia e psicologia, além de cursos de pós-graduação.
A FEA já formou mais de 2 mil alunos e pelas estatísticas, a maioria são alunos que integram famílias com renda familiar entre dois a cinco salários mínimos, que precisam trabalhar para pagar os estudos, e posteriormente acabam conseguindo boas colocações no mercado de trabalho.
HISTÓRICO
A FEA foi fundada em 1967 por meio de uma lei municipal para atender à demanda social existente em Araçatuba, na época carente de instituições de ensino superior. A intenção inicial da criação da FEA foi a de criar um curso de Medicina, sonho que começa a se tornar realidade agora em 2018, com muita dedicação da atual diretoria. Pelas expectativas, o curso pode ser implantado já em 2019, e com mensalidade inferior à média de marcado.
A Fundação Educacional Araçatuba é gerenciada de acordo com o Estatuto da Instituição, por um Conselho de Curadores, integrado por representantes de diversos segmentos da sociedade (13), incluindo um representante eleito do corpo docente e um do corpo discente. Os membros desse conselho trabalham voluntariamente, se reúnem pelo menos uma vez por mês e elegem a cada dois anos o Presidente da Instituição entre seus pares, podendo haver reeleição.
Entre o patrimônio da Fundação estão diversos imóveis grandes e bem localizados, incluindo o campus Santana (6,4 mil m2), as escolas municipais Joaquim Dibo (5,4 mil m2), Monsenhor Vitor Ribeiro Mazzei (3,2 mil m2), as escolas estaduais Jorge Correia (1,3 mil m2) e Lopes Borges (6,4 mil m2), todos cedidos sem cobrança de aluguel ao município e estado, além de imóveis que estão locados, como o prédio que abriga as escolas particulares Anglo (3,2 mi m2) no Sumaré e Raízes (2,8 mil m2) no Nova York, e uma área de 62 mil m2 na rodovia Marechal Rondon, anexo ao campus de odontologia da Unesp.