Encontro sobre cultura tradicional reuniu amantes da catira de diversas gerações e localidades. O evento aconteceu domingo (4), no Espaço Cultural Menino Jesus, em Pereira Barreto.
O evento fez parte do Ciclo de Estudos sobre Cultura Tradicional e Contemporaneidade, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, com apoio da Prefeitura da Estância Turística de Pereira Barreto, neste fim de semana.
A contextualização da cultura tradicional e das políticas públicas foram temas de debates que envolveram jovens, adultos e pesquisadores da cultura brasileira.
Dança típica da tradição caipira, a catira tem despertado curiosidade e interesse dos jovens músicos que fazem parte da Orquestra de Sopros e Percussão – Facmol, da qual surgiram a Orquestra Popular Caipira e o grupo Catira Pés no Chão.
A Facmol, formada por mais de 90 integrantes, vem ganhando notoriedade em nível nacional pela inovação em seu repertório e das performances apresentadas em diversas cidades do interior paulista, sob a regência do maestro Wellington Reginaldo Rodrigues dos Santos.
Participaram do encontro os grupos: Companhia de Catira Taboado (Aparecida do Taboado, MS), Os Filhos de Aparecida (Aparecida de Goiânia, GO), Tradição de Minas (Uberaba, MG), Espora de Prata (Barretos, SP), Grupo de Catira do Clube da Viola (Bauru, SP), Favoritos da Catira (Guarulhos, SP), Catira Pés no Chão (Pereira Barreto, SP) e Os Defensores do Catira (Santa Eudóxia, SP).
A prática da catira remonta aos tempos coloniais, porém sua origem é desconhecida. A dança era praticada apenas por homens.
Ao longo do tempo, os novos grupos passaram a ter entre seus membros mulheres e crianças.
É o caso do Catira Pés no Chão, de Pereira Barreto. Em apenas dois anos tornou-se o ponto alto das apresentações da Orquestra da cidade.
A formação do grupo começou por iniciativa da monitora de catira para crianças, Fernanda Colli, de Araçatuba.
Fernanda atende atualmente cerca de mil crianças, cuja ação envolve professores e alunos da Rede Municipal de Ensino de Araçatuba.
Em Pereira Barreto, os trabalhos começaram há dois anos, a partir de oficinas propostas por Fernanda. E os resultados puderam ser vistos durante as conversas e as danças com a nova geração de catireiros.