Novos procedimentos foram anunciados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) e pelo Tribunal de Justiça do estado (TJ) após os recentes roubos de armas ocorridos nos fóruns do Guarujá, em 3 de junho, e Diadema, neste fim de semana.
Em reunião realizada nesta segunda-feira (19) no Palácio da Justiça entre o secretário da SSP, Mágino Alves Barbosa Filho, e o presidente do TJ, Paulo Dimas Mascaretti, definiu-se uma “logística mais apurada” para que, em curto espaço de tempo, possa ser removido o maior número possível de armas de fóruns para os Comandos de Policiamentos de Área da Polícia Militar. A prioridade será a transferência das armas de maior potencial lesivo.
Ficou estabelecido também que haverá procedimentos para inutilizar as armas que não tenham interesse para processos ou para as forças de segurança do estado, antes mesmo de seu encaminhamento para procedimento de destruição. O encontro contou ainda com a presença de integrantes do Exército, das polícias Militar e Civil e da Corregedoria-Geral da Justiça.
Os órgãos afirmaram que as polícias Civil e Militar estão trabalhando para descobrir a autoria dos roubos ocorridos e para recuperar as armas roubadas. Após as ocorrências de roubo, houve reforço no policiamento do entorno dos fóruns que guardam armas, conforme divulgou a SSP.
Além disso, a secretaria e o tribunal divulgaram nota reiterando as ações que já estão em andamento em relação ao estoque de armas em fóruns.
Desde a edição de uma norma expedida em 2016 pelo Conselho Superior da Magistratura, definiu-se que as armas vinculadas a processos judiciais não são mais encaminhadas aos fóruns após a perícia, sendo remetidas imediatamente para destruição ou para melhor equipar as forças de segurança.
O TJ afirmou que a medida vem sendo cumprida desde então.
De acordo com a nota, 11 mil armas foram recentemente encaminhadas ao Exército para destruição. O TJ alegou que está agilizando os procedimentos para que um número maior possa ser recebido e destruído semanalmente.