Terminou ontem (18/1), em São Paulo a 44ª edição da Couromoda – Feira Internacional de Calçados, Artefatos de Couro e Acessórios de Moda. O evento de negócios foi realizado no Expo Center Norte; segundo os organizadores, o saldo foi positivo pela qualidade dos compradores que visitaram o evento, o que aumentou a confiança do empresário do setor. “Cerca de 70% dos expositores já garantiram seu espaço para o ano que vem na Couromoda. Diante deste quadro, projetamos uma ampliação da área locada entre 10% e 15%”, disse o diretor geral da Couromoda Jeferson Santos.
No primeiro dia de evento, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, visitou vários estandes, entre eles, quatro de Birigui. Durante as visitações, os representantes dos três polos calçadistas – de Birigui, Jaú e Franca – entregaram uma solicitação de audiência ao governador. “O objetivo é buscar apoio para a ampliação do prazo de recolhimento do ICMS para as indústrias calçadistas paulistas e debater a burocracia do Desenvolve SP. Além disso, também conseguir o apoio para a internacionalização das empresas, por meio do Investe SP”, explica Antenor Marques, diretor executivo do Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui (Sinbi).
Termômetro
De Birigui, 10 empresas participaram da feira em estandes individuais. Para o presidente do Sinbi, Carlos Mestriner, a Couromoda deste ano foi atípica, mas, embora o número de clientes visitantes não tenha sido o esperado, os lojistas trouxeram informações importantes, que sinalizam como serão as vendas dos próximos meses. “Muitos, do mercado interno, afirmaram que tiveram boas vendas no final do ano, mas relataram que estão cautelosos para realizar as reposições. Essa informação nos dá mais realismo sobre a recuperação do setor, que será aos poucos. Acredito que o otimismo está maior entre os lojistas e a expectativa é de que a tão esperada recuperação se inicie no terceiro trimestre”, analisou Mestriner.
Com relação às exportações, ele pontua que o empresário calçadista precisa buscar mais a internacionalização da empresa. Para o presidente, há espaço no exterior para o setor crescer, mas o empreendedor precisa começar a pensar diferente, apostar em estratégias novas e intensificar suas participações em missões e feiras internacionais.