Resumo da notícia:
- O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto impondo tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio a partir de 4 de março.
- A medida pode afetar setores siderúrgicos de países como Brasil, México e Canadá e faz parte da estratégia de priorização da indústria americana.
- Trump afirmou que as tarifas serão aplicadas sem exceções, mas empresas podem evitar a taxação ao estabelecer filiais nos EUA.
- O presidente prometeu novas tarifas recíprocas nos próximos dias e mencionou possíveis taxas sobre carros, chips semicondutores e produtos farmacêuticos.
- O Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA em 2024, atrás apenas do Canadá.
Brasil pode ser afetado por tarifas impostas por Trump ao aço e alumínio
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (10) um decreto que impõe uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país. A medida entrará em vigor em 4 de março e deve impactar diretamente países exportadores como Brasil, Canadá e México.
A decisão faz parte da política de Trump de fortalecer a indústria nacional, reduzindo a dependência de produtos estrangeiros. “Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras”, declarou o presidente ao assinar o decreto.
Trump enfatizou que não haverá exceções e que a alíquota será aplicada a todas as importações. No entanto, empresas que optarem por abrir filiais nos Estados Unidos poderão evitar a taxação. Além disso, o presidente adiantou que novas tarifas serão anunciadas nos próximos dias, podendo atingir setores como o automotivo, de semicondutores e farmacêutico.
Os impactos da medida podem ser significativos para o Brasil, que, em 2024, foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá. Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, cerca de 25% do aço e metade do alumínio consumidos no país são importados.
Essa não é a primeira vez que Trump adota barreiras tarifárias contra o aço e o alumínio estrangeiros. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), o governo implementou medidas semelhantes, mas que foram posteriormente revogadas. Com o novo decreto, a política protecionista volta a ganhar força, reforçando a estratégia econômica do presidente norte-americano.