A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) anunciou nesta quinta-feira (26) que a Polícia Militar afastou os quatro policiais militares envolvidos na ação que resultou no disparo de um tiro à queima-roupa em um jovem de 24 anos de idade, na madrugada de quarta-feira (25).
Conforme a SSP, os policiais militares estavam desobstruindo uma rua quando aconteceu uma confusão com os moradores A vítima estava filmando a ação e se desentendeu com um dos agentes da polícia. Um outro policial, sob alegação que o rapaz tentou tirar a arma do policial, efetuou os disparos.
O jovem foi levado para atendimento em um hospital de Osasco, e não há informações sobre seu estado de saúde. O caso foi registrado no 89º Distrito Policial do Jardim Taboão, em São Paulo.
Em seu comunicado, a SSP diz que “a Polícia Militar instaurou um inquérito policial militar para apurar rigorosamente o caso e afastou quatro policiais envolvidos na ação. As imagens registradas pelas câmeras corporais dos agentes farão parte do inquérito. Desvios de conduta não são tolerados pela corporação e todas as medidas cabíveis serão tomadas”.
Decreto
O episódio ocorre dois dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionar um decreto que restringe o uso de força letal por agentes de segurança no Brasil. As novas diretrizes, que entram em vigor em até 90 dias, determinam que a força letal seja empregada apenas como último recurso.
“Dentro do Estado Democrático de Direito, a força letal não pode ser a primeira reação das polícias. É preciso que se implante, de forma racional, consciente e sistemática, o uso progressivo da força. Só podemos usar a força letal em última instância”, explicou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.