As forças de segurança do estado de São Paulo intensificaram as ações de combate aos incêndios em áreas verdes, com apoio fundamental dos helicópteros Águia da Polícia Militar. Além das operações em solo realizadas pelo Corpo de Bombeiros, as aeronaves têm sido essenciais para o controle das chamas em locais de difícil acesso.
Os helicópteros são acionados pelo Corpo de Bombeiros ou pela Defesa Civil, que monitoram os focos de incêndio em todo o estado. Após o chamado, o Comando de Aviação da Polícia Militar avalia a situação para definir a estratégia mais eficaz de combate ao fogo, utilizando as aeronaves para alcançar áreas inacessíveis por terra.
Desde 8 de agosto até a última quarta-feira (4), os helicópteros da PM prestaram apoio a incêndios em 38 cidades do interior paulista. O capitão Guilherme Wheissghaupt, do Comando de Aviação da Polícia Militar, explica que a decisão de enviar as aeronaves segue critérios rigorosos, baseados no risco que o incêndio apresenta.
“Temos uma tabela de critérios estabelecidos a partir do nível de risco daquele incêndio. Se esse grau é atingido, a atuação do helicóptero é fundamental, pois conseguimos a visão do alto e, com nosso equipamento, ajudamos no combate direto às chamas”, afirmou o capitão Wheissghaupt.
O equipamento ao qual o capitão se refere é o “Bambi Bucket”, um tanque que pode carregar até 500 litros de água. Esse tanque é utilizado para despejar água diretamente sobre os focos de incêndio, proporcionando maior precisão e eficiência no combate, principalmente em áreas específicas e de difícil acesso.
Até o momento, mais de 800 lançamentos de água foram realizados, totalizando cerca de 330 mil litros de água despejados nas queimadas do interior paulista. Dez aeronaves foram utilizadas na operação, que tem mostrado ser fundamental para o controle das chamas.
O capitão Wheissghaupt ressalta que a operação aérea exige muita concentração e coordenação, devido às condições adversas enfrentadas, como fumaça intensa e variações térmicas, que podem afetar a visibilidade e o desempenho das aeronaves. “Trabalhamos de forma muito concentrada, principalmente porque é uma atividade de risco. A fumaça e o calor alteram as condições da atmosfera, o que afeta diretamente os parâmetros de voo”, completou.
A operação conjunta entre as forças de segurança, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar tem sido um fator decisivo para conter os incêndios e proteger as áreas verdes do estado de São Paulo.