A General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira (24) um plano de investimento de R$ 7 bilhões no Brasil entre os anos de 2024 e 2028. Este aporte financeiro tem como objetivo a modernização completa da linha de veículos da marca no país. O anúncio foi feito por Shilpan Amin, presidente da GM International, e Santiago Chamorro, presidente da GM para a América do Sul, que se reuniram com o presidente Lula horas antes da divulgação.
Este investimento visa renovar todos os modelos da Chevrolet até 2028, marcando o compromisso da GM com o mercado brasileiro, onde está prestes a completar 100 anos de operações em 2025. Embora não tenham sido divulgados detalhes específicos sobre os modelos que serão fabricados, a GM confirmou que toda a gama atual será atualizada.
Foco nos Veículos Elétricos
A direção mundial da GM tem enfatizado seu interesse nos veículos elétricos, principalmente nos Estados Unidos, por razões ambientais. “O Brasil tem um potencial muito forte para veículos elétricos, com minérios para a fabricação de baterias. A demanda e a curiosidade do consumidor estão aí. Não diria nem sim ou não, mas esse mercado tem potencial”, afirmou Chamorro.
“A GM vê o Brasil como estratégico para seu plano global de expansão de negócios. Além de ser um polo exportador de veículos para a América do Sul, conta com um amplo centro de desenvolvimento de engenharia e é um mercado com alto potencial de crescimento”, disse Amin.
O investimento será destinado à modernização das fábricas da GM no Brasil, localizadas em São Caetano do Sul, São José dos Campos, Gravataí, Joinville e Mogi das Cruzes. Além de atualizar o portfólio de produtos nacionais, a GM planeja a introdução de novos modelos produzidos localmente e a importação de veículos, como os elétricos Blazer EV e Equinox EV.
Sobre a possibilidade de produzir veículos híbridos ou elétricos, Chamorro destacou o forte potencial do Brasil para carros elétricos, citando fatores como engenharia, extração de minérios e capacidade produtiva local. “Nossa estratégia é totalmente voltada àquilo que o consumidor demandar”, enfatizou Amin, deixando aberta a possibilidade de investir em modelos híbridos.