Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) prenderam na noite desta terça-feira (8), em São Paulo, um homem suspeito de ser o maior receptador de celulares roubados e furtados do país.
A prisão foi realizada por policiais da 1ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo e Latrocínio) na região central da capital paulista. Com ele, os investigadores encontraram 312 celulares. Deste total, pelo menos 64 tinham queixa de furto/roubo.
Os policiais já investigavam casos de roubos de celulares onde as vítimas foram mortas ou gravemente feridas durante as ações dos suspeitos.
Durante as apurações, os investigadores prenderam os autores dos crimes e outros receptadores de celulares. A partir das informações, foi possível identificar o criminoso.
Ontem, os policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em dois imóveis na região central da capital paulista ligados ao suspeito. Os investigadores recolheram celulares em vários cômodos nos dois locais.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, os roubos e furtos de celulares, principalmente na área central de São Paulo, são utilizados pelos criminosos para abastecer o tráfico de drogas, seja vendendo os aparelhos das vítimas ou trocando por entorpecentes. “Essa é mais uma importante fase da operação que será mantida pela polícia”, garantiu Derrite.
Estrutura para desbloquear celulares
Durante as buscas, os policiais encontraram no imóvel da rua Guaianazes uma base de operações onde ele recebia os aparelhos.
A estrutura de informática permitia que o suspeito fizesse o desbloqueio dos celulares roubados ou furtados, conseguindo acessar os dados pessoais das vítimas.
Segundo a investigação, as informações eram repassadas para que fossem aplicados golpes nas vítimas. Outra finalidade da base montada pelo suspeito era o envio desses celulares para outros países.
Ele foi autuado por receptação qualificada. O homem preso, autuado por receptação qualificada, já tinha passagens pela polícia. Contra ele havia dois mandados de prisão preventiva em aberto, um pedido em 2021 pelo 8º Distrito Policial por furto qualificado e outro solicitado pelo Deic por associação criminosa.