A Justiça de Araçatuba condenou nesta quinta-feira (14) Thayla Gabrielly Moraes e Kerolyn Cristine Ferreira Sales a dois anos de prisão e multa por serem informantes do tráfico. Uma delas, Thayla, inclusive chegou a fazer uma live afirmando que atuava para traficantes e atrapalhava o serviço da polícia, e chegou a zombar de policiais por ter sido solta em audiência de custódia.
Após a live a Justiça determinou a prisão de Thayla. Na sentença desta quinta-feira, o juiz da 3ª Vara Criminal, Emerson Sumariva Júnior, condenou as duas mulheres e converteu a pena restritiva de liberdade para duas restritivas de direitos para cada ré, sendo a primeira em prestação de serviços à comunidade pelo tempo da pena e, a segunda, ao pagamento de um salário mínimo para uma Institiução de Benemerência da cidade, tudo a ser fixado no juízo da execução penal. Em caso de descumprimento, elas terão de cumprir a pena em regime fechado.
O juiz destacou na sentença que é “interessante notar que quem defendeu os traficantes do local, desdenhando do difícil trabalho policial; todavia, após ser presa, não teve nenhum “apoio” dos tais traficantes, tanto que nem mesmo teve patrocinada sua defesa, tendo que se socorrer do Estado para nomeação de advogada para fazer sua defesa; ou seja, a sofrida sociedade é que teve ainda que pagar a advogada dos réus.”
Sumariva ainda destacou o trabalho elaborado pela jovem advogada nomeada para o caso, Maria Vitória Viol, que designada pelo Estado para atuar na defesa dos três réus, em caso delicado e que gerou grande repercussão na sociedade de Araçatuba e região, fez uma defesa sólida, com base técnica, conseguindo, inclusive, desclassificar os crimes das acusadas de tráfico para colaboração ao tráfico.
Em tensa audiência de instrução, sempre se pautou pela educação, lhaneza e postura técnica, demonstrando segurança no que estava fazendo; em nenhum momento se portou de forma deseducada ou com conduta apelativa para tentar tumultuar o processo.
Tráfico
Na mesma sentença, o magistrado condenou o réu Marcos Rogério Quintana de Faria a seis anos de reclusão e pagamento de 600 dias multa pelo crime de tráfico de drogas. No dia da prisão das olheiras, Faria foi preso na mesma ação, pelos policiais militares cabo Roque e soldado Barcelo, com cinco porções de maconha e R$ 96,00 em notas diversas.
Na casa do réu foram encontradas, outras duas porções de maconha dentro de uma garrafa de café e um caderno de anotações típicas de tráfico de drogas. Em um terreno baldio próximo de sua residência, com o auxílio do Canil de Polícia Militar, encontraram mais 11 pedras de crack, além de centenas de micro tubos plásticos vazios, utilizados no tráfico. As olheiras foram detidas em um campo de futebol e confessaram, em juízo, que atuam para o tráfico, recebendo R$ 100 por dia.