Policiais da 3ª Delegacia de Homicídios da Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais), com apoio da DIG de Araçatuba capturaram o foragido Erick Henrique Araújo dos Reis, 33 anos, na tarde desta quarta-feira (22) em uma fazenda na zona rural de Araçatuba. Ele está condenado a 16 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato do marceneiro Thiago Rodrigo Martini, morto a tiros em janeiro de 2015 no bairro Porto Real.
Os policiais civis foram até a fazenda Santa Amélia, que fica ao lado do assentamento Chico Mendes, na vicinal Caran Rezek, para cumprir um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara de Execução Criminal, em 21 de julho, pelo Juiz Henrique de Castilho Jacinto, contra o capturado, que era considerado foragido.
Quando chegaram ao local mencionado os policiais viram duas casas, uma grande e outra menor. Na casa menor os policiais surpreenderam Reis deitado no colchão do pequeno cômodo. Ao ser questionado se havia algo de ilícito na casa, o montador afirmou que tinha uma arma, sobre uma cômoda, sendo uma garrucha calibre 22, uma caixinha com 24 munições do mesmo calibre, um teaser e duas pequenas porções de maconha.
Julgamento
Em abril de 2018 Reis foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão em um julgamento que durou mais de 10 horas. No mesmo julgamento o comparsa dele, Douglas Crespo de Carvalho Evaristo, também conhecido como Gugu, pegou 12 anos de prisão. Ambos respondera ao processo em liberdade
O crime aconteceu na tarde de 24 de janeiro de 2015.. A vítima residia no bairro Paraíso, mas saía da casa da namorada, uma adolescente de 15 anos, quando foi baleada. A jovem conduzia uma moto, trazendo Martini na garupa e o casal foi surpreendido pelos réus, que estavam escondidos atrás de um caminhão estacionado na via.
Conforme denúncia do Ministério Público, as partes tinham desentendimentos anteriores e a vítima havia ameaçado matar Reis e Evaristo. Naquela tarde, após ouvir comentários que Martini estava no Porto Real, Reis armou-se com um revólver calibre 38 e encontrou-se com Evaristo, que também estava armado, em um bar, e ambos foram atrás da vítima.
Ao ver que a moto do carpinteiro estava estacionada no imóvel, a dupla se escondeu atrás de um caminhão nas imediações. O casal deixou a residência e quando a moto conduzida pela adolescente passou pelos acusados Reis entrou na frente do veículo e atirou três vezes contra Martini. O outro réu também parou ao lado da moto e efetuou cinco disparos.
Consta na denúncia que quando a vítima estava caída no chão, Reis aproximou-se, encostou o revólver nas costas dela e atirou novamente. Em seguida, ele pegou uma pistola 9 milímetros que estava caída próxima ao corpo de Thiago e fugiu. Evaristo também fugiu levando a arma que utilizou, mas foi preso em flagrante, dias depois, com o revólver.
Ao ser identificado pela participação no assassinato, Reis disse que jogou o revólver que usou no rio Tietê e alegou que entregou a pistola 9 milímetros que pegou no chão a terceiros, como pagamento de dívida.