O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (23) o afastamento do coronel Aleksander Lacerda do Comando de Policiamento do Interior (CPI) 7, em Sorocaba (SP), após ele ter convocado manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pelas redes sociais.
“Aqui no estado de São Paulo não teremos manifestações de policiais militares na ativa de ordem política. São Paulo tem a melhor Polícia Militar do país, a mais bem treinada, a mais bem equipada. São Paulo tem orgulho da polícia ligar e do seus policiais e do seus colaboradores. E também do seu comando da Polícia Militar na figura do coronel Alencar. E nós aqui, conjuntamente, não admitiremos nenhuma postura de indisciplina como foi feita pelo Coronel Aleksander, e agora ele está afastado da Polícia Militar a partir desta manhã”, disse Doria.
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Nas redes sociais, o comandante incitou militares a participarem das manifestações de 7 de setembro, favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. Ele também atacou o Supremo Tribunal Federal, principalmente o ministro Alexandre de Moraes.
Pelo regulamento da corporação, policiais da ativa são proibidos de realizar manifestações políticas. “Aos militares do estado da ativa são proibidas manifestações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Regulamento”, determina o regulamento disciplinar da Polícia Militar de São Paulo.
Na semana passada, o presidente apresentou um pedido de impeachment de Moraes. Em nota, o Supremo disse que o “Estado Democrático de Direito não tolera que um magistrado seja acusado por suas decisões”.
O CPI-7 compreende sete batalhões da Polícia Militar de São Paulo, o que representa cerca de 5 mil policiais em 78 municípios da região de Sorocaba.
Após a repercussão de suas manifestações, o coronel fechou sua rede social apenas para amigos.