O motorista Claudenir Bueno da Fonseca, de 51 anos, foi condenado pela Justiça de Penápolis a pena de 6 anos e 4 meses de prisão por tráfico de drogas e embriaguez ao volante. Ele foi preso pelo TOR (Tático Ostensivo Rodoviário) com quase 1 tonelada de maconha. Ao todo, foram 965,700 quilos, divididos em 1.310 tabletes, que estavam em um fundo falso na carroceria de um caminhão.
Pelo tráfico de drogas, que prevê de 5 a 15 anos de prisão, Claudenir foi condenado a 5 anos e 10 meses, praticamente pena mínima, em regime inicial fechado. Pela embriaguez, a pena foi de 6 meses de detenção em regime aberto. Atualmente, o condenado está na penitenciaria 4 de Lavínia.
O advogado criminalista de Araçatuba Flávio Bastistella, que defende o acusado, disse que já entrou com pedido para que seu cliente cumpra a pena estabelecida pela Justiça em regime semiaberto.
Na defesa, durante o processo, Batistella requereu a redução da pena em grau máximo observando que o réu confessou o crime, não possuí antecedente criminal, que não se dedica à atividades ilícitas e nem pertence à organização criminosa.
“A sentença do ilustríssimo magistrado é exemplar em sua dosimetria, que ficou em um patamar mínimo. Estamos apenas requerendo o abrandamento do regime para que seja o semiaberto”, observou o advogado.
Segundo o Juiz Diego Goulart de Faria, após o encerramento da instrução criminal, não pairaram dúvidas acerca da autoria e materialidade dos delitos cometidos pelo réu.
“As circunstâncias da prisão em flagrante demonstram que o réu conduzia o veículo sob a influência de álcool, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem, bem como a expressiva quantidade de drogas encontrada no fundo falso do veículo indicam que o réu cometeu o crime de tráfico de drogas”, observou o magistrado em sua sentença.
A prisão
Claudenir Fonseca foi preso no dia 26 de agosto do ano passado em uma fiscalização na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), perto da Marechal Rondon (SP-300). O réu dirigia um caminhão Ford/Cargo que estava transitando devagar. O condutor manuseava o celular quando foi abordado.
Durante a abordagem foi notado nervosismo por parte do condutor, que também apresentava forte odor etílico. O estado de embriaguez foi comprovado após teste do etilômetro que aferiu concentração de 1,19 mg de álcool por litro de ar alveolar.
Foi realizada vistoria no caminhão, onde os patrulheiros notaram que a pintura da carroceria era nova e havia indícios de adulteração. O fundo falso foi encontrado e lá havia centenas de tabletes de maconha.
O condutor do caminhão disse, na ocasião, que havia sido contratado para levar o caminhão de Umuarama (PR) até São José do Rio Preto e que pelo serviço receberia R$ 8 mil.