Um desempregado de 38 anos, viciado em crack, está sendo acusado de violência doméstica e injúria contra a própria mãe, uma aposentada de 69 anos moradora no bairro São Joaquim, que está acometida por câncer na perna e pulmão. Na noite deste domingo (20) ela foi trancada em casa pelo filho, enquanto ele consumia drogas em um barracão ao lado. A idosa informou que não tem condições físicas e nem psicológicas para ficar na companhia do acusado.
A própria idosa procurou à delegacia na noite deste domingo para denunciar o filho. Ela contou que o homem é viciado em crack e já foi internado cinco vezes, mas não se recupera do vício. A mulher disse que foi vítima de violência doméstica por diversas vezes, inclusive já possuiu uma medida protetiva contra o rapaz, em janeiro deste ano.
No entanto, na condição de mãe, acabou aceitando o filho de volta em sua casa em março deste ano em razão da pandemia. No início, o acusado até demonstrou que havia mudado um pouco o seu comportamento mas, novamente em razão da dependência química, começaram a desaparecer objetos da casa, os quais eram vendidos por ele para comprar drogas.
Em setembro deste ano, o desempregado foi internado novamente em uma clínica de recuperação na cidade de Ourinhos, mas, após três meses desistiu do tratamento. No dia 12 deste mês ele voltou para casa transtornado, batendo no portão desesperadamente, ocasião em que a idosa o deixou ficar por um tempo pois ele não tinha onde ir.
Neste domingo, quando a mulher chegou da igreja, por volta das 21h30, após entrar na casa o filho a trancou para dentro e foi ao barracão ao lado para usar drogas. A vítima, desesperadamente, começou a bater na porta para ele abrir, quando após muita insistência o filho a deixou sair.
Em seguida ele começou a ofender a mãe e o irmão, chamando-os de “bichinhas”, gritando, e ainda xingou a mãe de “vagabunda”. Após conseguir sair de casa a idosa foi à delegacia. Ela explicou que está acometida por melanoma na perna direita e dois nódulos no pulmão, além de possuir 69 anos, estando com a saúde vulnerável, e sem condições físicas e mentais de suportar a presença do filho, além de temer pela sua própria integridade física.
A aposentada entrou com novo pedido de medidas protetivas e disse que não pretende processar criminalmente o filho.