Para reduzir mortes por sepse, 196 instituições hospitalares, dentre as quais a Santa Casa de Araçatuba, aderiram à Campanha Sobrevivendo à Sepse (Surviving Sepsis Campaign), coordenada pelo Instituto Latino-Americano para Estudos da Sepse (ILAS). A campanha reúne representantes de todo o mundo, como a Sociedade Americana de Medicina Intensiva e a Sociedade Europeia.
A inclusão da Santa Casa de Araçatuba dentre os hospitais credenciados foi pleiteada pelo diretor clínico Fábio Bombarda e consolidada com esforços da direção técnica e administração do hospital.
Bombarda, que é médico intensivista e atua na UTI Geral Adulto e UTI Covid, explica que “sepse é quando uma infecção se torna muito grave a ponto de a resposta inflamatória do organismo ser tão exuberante e descontrolada que determina uma disfunção orgânica, como por exemplo, insuficiência respiratória ou renal que pode levar a óbito”, explica Bombarda.
Boa parte desses casos ocorre entre pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva, em salas de Urgência e Emergência, e também em enfermarias.
De acordo com o diretor clínico, não existe um tratamento especifico em relação à sepse. “Mas a comunidade cientifica internacional observou que quando há o controle de estratégias técnicas com tempo e precisão é possível a redução da mortalidade”.
Protocolo
Basicamente o protocolo de sobrevivência à sepse tem como finalidade agilizar o atendimento. O paciente identificado com sepse receberá o tratamento inicial na primeira hora do acolhimento, que inclui antibióticos, soroterapia, exames específicos.
Isto resulta em qualidade muito grande, pois no pronto-socorro, ou em qualquer lugar do hospital, um paciente que tem esse diagnóstico receberá o atendimento das medidas iniciais necessárias”, detalha Bombarda.
O projeto implantado na Santa Casa de Araçatuba foi elaborado com base na realidade do hospital, que é referência clínica e cirúrgica de alta complexidade para 41 municípios da região de Araçatuba.
“Inicialmente, realizamos treinamento das equipes do pronto-socorro e da UTI Geral e, no decorrer do programa, vamos envolver todas as equipes do hospital”, explica o diretor clínico.
O protocolo já está implantado no Serviço de Urgência e Emergência e UTI Geral Adulto. Em breve será adotado também nas enfermarias.
Os casos serão monitorados através de fichas de acompanhamento. Todos os dados estatísticos serão compartilhados com os responsáveis técnicos pela UTI Geral, Pronto-Socorro, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), a administração do hospital, e o banco de dados do ILAS.