Um estoquista de 26 anos está sendo acusado de ameaçar de morte um comerciante de 43 anos, pelo fato dele estar se relacionando amorosamente com uma mulher que é sua ex-companheira. Conforme a denúncia, o acusado está exigindo um carro, Honda Civic, do comerciante, para deixá-lo em paz com sua ex.
A vítima, que tem um tradicional estabelecimento comercial no centro de Araçatuba, procurou a polícia neste sábado para denunciar o caso. Ele disse que as ameaças começaram na quarta-feira (17), por volta das 19h, quando estava saindo do seu emprego, um estabelecimento comercial da família.
O acusado é um estoquista ex-cônjuge de sua atual companheira . Ele disse que ambos eram amigos e por várias vezes presenciara a forma truculenta que tratava a mulher. O casal está separado desde março e a vítima iniciou um relacionamento afetivo com a mulher deste “amigo”.
Nesta quarta-feira , o acusado esperou o fechamento da loja e o abordou a vítima dizendo que que viera em paz, mas gostaria de conversar com ele, e em seguida disse: “estou me sentindo sozinho, e com muita raiva, por isso estou até ingerindo bastante drogas, e tenho muitas armas, não seu o que vou fazer contigo, já fiquei por várias vezes defronte a sua casa armado com intenção de matá-lo. Seria bom que você tentasse me matar, o que eu faço para que você tente me matar?, o que faço para você reagir?, e se eu matar a sua filha, ou a (namorada), você reagiria? Você precisa sentir um pouco o sofrimento que estou sentindo. Eu preciso fazer algo contra você, isso é inevitável, alguma coisa eu sei que vou fazer contigo. Pode até nem ser eu que vá fazer algo contra ti, mas algo tem que ser feito, pois quero que você sofra, e que tenha medo até de sua própria sombra”.
O CARRO EM TROCA
Depois disse que o comerciante poderia ir embora e que tinha sido a última vez que ele o procuraria. Já na sexta-feira ele foi novamente procurado pelo acusado, no mesmo horário, quando fechava a loja. Na ocasião ele disse que estava realmente com muita raiva, que estava ingerindo drogas, mas tinha uma proposta para ele, para ele esquecer aquilo tudo que estava acontecendo, momento que disse, “eu esqueço tudo, deixo vocês em paz, mas eu quero algo em troca, eu quero o seu carro, aquele Honda Civic, e tem que ser agora”, momento que a vítima retornou dizendo que o veículo não era seu , que era de seu pai, e que precisaria primeiro falar com ele.
O acusado foi irredutível e disse, “não quero saber, eu quero o carro, carro a gente transfere, quero o carro”, e mexendo na jaqueta que trajava , puxou por uma arma, exibindo-a pelo cabo, a qual a vítima não pode afirmar ser era de verdade ou não. O acusado chegou a engatilhar a arma por dentro da jaqueta, dizendo que queria o carro, senão iria atirar no comerciante, pois havia perdido a esposa para ele e não era justo ficar sem nada.
O acusado perguntou quantos dias a vítima queria para passar o carro. O comerciante disse que precisava de um prazo pelo menos neste fim de semana para ver o que faria. Depois que o acusado foi embora o comerciante foi à delegacia, registrou o boletim de ocorrência e manifestou interesse em representar em desfavor do acusado pelo crime de ameaça, pois teme muito pelo desequilíbrio do mesmo, podendo colocar em risco sua integridade física.