TV Tem – A procura por vacinas do calendário nacional do Ministério da Saúde caiu 30% desde o começo da pandemia do novo coronavírus, em Araçatuba (SP).
Alguns pais estão preocupados com o risco de contágio das Unidades de Saúde, por isso estão evitando vacinar os filhos. Nayara Gomes é autônoma e tem um filho de 1 ano e 11 meses, que está com uma vacina em atraso, a DTP – que previne contra doenças como difteria, tétano e coqueluche.
“Eu realmente fiquei em choque com medo de ir no postinho, de ir no local e acabar sendo contaminada e meu filho. Ele é muito pequenininho. Então, eu preferi deixar um pouco de lado a vacina nesse momento, realmente por conta de ir no local e sair contaminada, sair pior do que eu cheguei”, afirma Nayara.
Segundo o calendário, 15 vacinas são aplicadas antes da criança completar 10 anos de idade, sendo algumas são consideradas reforços importantes para manter a imunização.
“A recomendação com relação às vacinas de rotina do calendário normal de vacinação, das crianças, dos recém-nascidos e dos lactentes, é que elas devem ser mantidas pelo fato de que existem outras doenças em circulação, como sarampo, febre amarela e coqueluche”, afirma a médica pediatra Rachel Quaresma.
“A recomendação tanto da Sociedade Brasileira de Pediatria quanto da Sociedade Brasileira de Imunização é que essas vacinas não sejam atrasadas e sejam mantidas regularmente”, ressalta.
Por outro lado, alguns pais mantêm as vacinas dos filhos em dia tomando diversas medidas preventivas ao levar o filho a uma unidade de saúde. Como é o caso de Isabela Zago Masquito Norto, educadora infantil e mãe de José Pedro, de 4 anos, que precisava tomar cinco vacinas diferentes.
“Ele estava de máscara, a gente também estava. A gente já tem um vidrinho de álcool em gel no carro. Então, assim que chegou, a gente já passou álcool em gel nas mãos. Chegando em casa a gente tira a roupa e coloca para lavar e já toma um banho. É importante deixar a criança imunizada”, afirma a educadora.