A população de Araçatuba está mais preocupada com a perda da renda e do trabalho do que com contaminação pelo novo coronavírus. Esta é a conclusão de uma pesquisa quantitativa realizada entre os dias 10 e 15 de abril pela ABR Inteligência, com sede em Araçatuba e abrangência em todo o território nacional.
Para 48% dos araçatubenses, a maior preocupação é ficar sem condições de subsistência, enquanto que 30% têm medo de pegar o vírus e ficar doente. Já os números do Estado de São Paulo são inversos: 40% temem ser infectados pelo novo coronavírus e 32% se preocupam com as questões econômicas.
Em relação às medidas de restrição da circulação de pessoas, 48% dos moradores de Araçatuba acham que todos devem ficar em casa, com exceção dos que trabalham em serviços essenciais. No entanto, 44% acreditam que apenas as pessoas que pertencem ao grupo de risco devem ficar em casa e o restante deve voltar às atividades normais, inclusive com a abertura do comércio e das escolas.
Já no Estado, 59% defendem a permanência de todos em casa e 38% são a favor do isolamento social apenas para os grupos de risco. Para 5% dos araçatubenses, não há necessidade neste momento de nenhuma restritiva de circulação de pessoas. Já no Estado, este percentual é de apenas 1%.
MEDIDAS EMERGENCIAIS
A respeito das medidas emergenciais que vêm sendo adotadas pelos governos federal, estaduais e municipais, 55% dos entrevistados em Araçatuba e 65% dos ouvidos em todo o Estado, respectivamente, acreditam que são necessárias e irão amenizar as perdas sofridas por conta da pandemia.
Porém, para 31% dos ouvidos em Araçatuba consideram que as medidas são corretas, mas insuficientes para suprir suas necessidades básicas. Outros 5% consideram que as medidas são erradas e não irão resolver em nada as dificuldades que serão enfrentadas. No Estado, 22% concordam com as medidas emergenciais e 7% discordam.
ENTREVISTAS
ABR Inteligência realizou 1.500 entrevistas distribuídas proporcionalmente nas regiões conforme a população. Foram entrevistados homens e mulheres, com idades até 30 anos, de 31 a 50 anos e acima de 50 anos. A margem de erro máxima estimada é de 2,8 pontos porcentuais sobre os resultados encontrados no total da amostra.
Conforme o diretor da ABR Inteligência, Peter Abreu, a iniciativa partiu da própria empresa, como forma de contribuir com as autoridades, a imprensa e a população, fornecendo informações referentes ao comportamento da população do Estado de São Paulo diante da pandemia da Covid-19.