Um autônomo de 22 anos procurou a polícia na noite deste domingo para denunciar um caso de agressão contra sua filha, uma criança de três anos cuja mãe foi embora par Europa e a deixou com a avó materna, que tem duas filhas de 12 e 13 anos e um filho de sete anos. O caso aconteceu no conjunto habitacional Águas Claras, zona norte de Araçatuba. Segundo o pai, desde janeiro vem observando hematomas na criança, que afirma apanhar das tias, que são as duas adolescentes.
O autônomo foi à delegacia, acompanhado da irmã, uma manicure de 21 anos. Ele relatou que teve a criança com uma moça de 19 anos com quem mantinha uma relação afetiva. A criança residia com a mãe, a avó e as tias adolescentes.
No final de janeiro a avó materna da criança disse ao denunciante que sua filha havia ido embora para Portugal deixando a menina aos seus cuidados. Desde então há na Justiça uma ação para regularizar a guarda da menina. Todos os domingos o autônomo pega a criança para passar o dia com ele.
Ele disse que desde janeiro tem observado a presença de hematomas nos braços, pernas, costas e nádegas da filha. Sempre que pergunta a menina diz ter apanhado das tias (de 12 e 13 anos) porque não obedeceu. Ele sempre questionou a avó materna da criança sobre as lesões e ela negava.
O autônomo relatou que neste domingo também constatou hematomas pelo corpo da criança e perguntou a ela como se machucou, e ela respondeu que as duas tias e o tio haviam batido nela. Além de constatar a presença dessas lesões leves, o pai foi informado por sua irmã que a criança apresenta lesões na genitália.
A irmã do autônomo, que também esteve na delegacia, afirma que realmente achou estranho o comportamento da sobrinha, pois ela reclamou de dores na genitália ao enxugá-la. Ao olhar detalhadamente a região, entendeu que havia uma lesão. Ela perguntou à criança o que aconteceu e a menina disse que uma das tias havia “colocado a mão”.
O delegado plantonista requisitou exame de corpo de delito na criança e o pai informou que por enquanto não iria levar a menina de volta para a casa da avó materna. O fato foi comunicado ao conselheiro tutelar plantonista, mas ele não compareceu à delegacia.