A Polícia Militar e a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) realizam, nesta quinta-feira (19), uma operação para revista e transferência de aproximadamente 200 presos no complexo penitenciário de Valparaíso, na região de Araçatuba.
Estão empenhados na ação cerca de 100 PMs da Força Tática e do Canil de Araçatuba, da 5ª Companhia de Guararapes e Valparaíso e 100 agentes do GIR (Grupo de Intervenção Rápida) da SAP.
A ação é realizada no CPP (Centro de Progressão Penitenciária) e na unidade de segurança máxima. Desde a madrugada, a PM mantém viaturas no entorno do complexo penitenciário.
O RP10 apurou que a operação ocorre devido a possibilidade de rebelião por parte de presos revoltados com a suspensão da saída temporária em razão do coronavírus.
Na segunda-feira (16), presos do presídio semiaberto de Mirandópolis – a 70 km de Araçatuba – fizeram uma rebelião e atearam fogo em parte da unidade. Não houve fugas.
No mesmo dia, a SAP registrou rebeliões e fugas em Mongaguá, Porto Feliz, Tremembé e Sumaré. Conforme a pasta, 1.379 presos fugiram e pelo menos 800 já foram recapturados.
Na noite de segunda-feira, presos do CPP de Valparaíso já demostraram que poderia haver um motim na unidade. Alguns detentos se recusaram a entrar na unidade e a Polícia Militar chegou a ser acionada para fazer a segurança externa no presídio. Desde então, a situação é tensa no complexo de Valparaíso. A operação que não tem hora para terminar (fotos abaixo).
O CPP de Valparaíso tem capacidade para 691 presos, mas conta atualmente com 1.857 detentos, conforme boletim da SAP divulgado ontem (18). Na penitenciária de segurança máxima, a população é de 1.910, enquanto a capacidade é para 873 presos.