Policiais de 12 estados brasileiros, além de quatro países, cumpriram nesta sexta-feira (18) 112 mandados de busca e apreensão em uma megaoperação contra pornografia infantil. Um mandado de busca foi cumprido em Araçatuba, em uma empresa de comércio de maquinários agrícolas, onde trabalha um dos investigados.
A reportagem do Regional Press apurou que policiais civis estiveram no início da manhã nesta empresa, mas não foi localizado nada que pudesse vincular a prática ao investigado. Nas redes sociais chegou a ser mencionado o nome do investigado e da empresa onde a Polícia cumpriu o mandado.
Esta foi mais uma fase da Operação “Luz da Infância”, que tem como objetivo combater a pornografia infantil e a exploração sexual de crianças e adolescentes.A ação foi realizada simultaneamente no Brasil, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Panamá.
Um balanço parcial revelou a apreensão de mais de 180 mil arquivos que serão encaminhados para perícia, e 38 pessoas haviam sida detidas em flagrante. A força-tarefa teve coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Mais de 500 profissionais atuaram na ação. No Estado de São Paulo, 14 pessoas foram detidas em Limeira.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luiz Pontel, explicou que o material apreendido na operação vai ajudar a aprofundar as apurações.
“Nas buscas, a gente acaba recolhendo mais material que vai ser objeto de análise e muito provavelmente ampliarão nosso leque. A partir daí, serão feitas novas investigações”, disse.
O coordenador do laboratório de operações cibernéticas da PF, Alessandro Barreto, destacou a importância das denúncias para o trabalho policial.
“A questão da denúncia é muito importante. Investigar hoje, vou usar o sentido figurativo, é um mosaico. É preciso juntar peças. Você pega informações em várias direções, você consegue juntar isso e atribuir autoria e materialidade delitiva. É importante. Denuncie nas delegacias de polícia mais próximas, aos canais de denúncias e plataformas”, afirmou.
As penas para os crimes investigados variam de 1 a 8 anos de prisão. Quem armazena material de pornografia infantil tem pena de 1 a 4 anos de prisão. Para quem compartilha, a pena é de 3 a 6 anos de prisão. A punição para quem produz esse tipo de material é de 4 a 8 anos de prisão.