O advogado Milton de Lima, o Barata, vítima de uma cabeçada desferida pelo vereador Leandro Moreira, durante a sessão na Câmara dos Vereadores de Birigui, na última terça-feira (11), disse ontem (13) que vai tomar todas as providências, tanto na esfera cível quanto na criminal e também junto a Câmara dos Vereadores, com relação a agressão sofrida dentro do Legislativo.
Lima havia se recusado a falar com a imprensa pela manhã, mas depois que viu uma entrevista de Moreira na rede social decidiu se pronunciar e dar sua versão sobre os fatos.
Ele contou que estava na Câmara para saber o andamento de um projeto que concede a área do antigo campo do Flamengo para uma associação que desenvolve projetos sociais.
Ele disse que está havendo contradições nas versões apresentadas pelo acusado, que inicialmente falou que o problema entre eles envolvia o fato de Lima ser um pretenso candidato a vereador e estaria incomodado com o projeto para redução de cadeiras.
“Quero deixar claro que não tenho pretensão de ser candidato e não tenho afinidade política, e mesmo se estivesse, estaria exercendo o direito legítimo como qualquer brasileiro”, disse.
Ele ainda disse que o acusado também apresentou uma outra versão, de que o advogado teria sido agredido com um soco do lado de fora da Câmara e corrido para dentro do prédio se jogando no chão. “Depois surgiu a versão de que eu teria ofendido a mãe de alguém. Eu refuto todas as afirmativas”, disse.
Para o advogado, o motivo da agressão está relacionado ao vereador ter o nome mencionado em uma investigação em andamento pela Polícia Civil de Araçatuba.
“Ele teria ficado revoltado por causa da divulgação de uma lista onde consta seu nome e valores que supostamente seriam aferidos como vantagem indevida”.
Lima ainda completou dizendo que, “gostaria de deixar claro que esta lista, mesmo estando nos autos, não comprova nenhum ilícito penal por parte desta pessoa. É apenas um indício para investigação que está em andamento”.
O advogado disse que o vereador está imputando a ele o fato da lista ter sido divulgada, porque ele atende clientes envolvidos na investigação, que segue sob segredo de Justiça. “Por isso ele acreditou que eu seria ao responsável pela divulgação desta lista que circulou pelas redes sociais”, finalizou.