O vereador Denilson Pichitelli (PSL) usou a tribuna da Câmara Municipal de Araçatuba, nesta segunda-feira, durante a 35ª sessão ordinária, para cobrar benefícios aos servidores municipais, e aproveitou para criticar a confraternização no cemitério municipal Recanto de Paz, realizada no sábado (1º), véspera do Dia de Finados, pela administração municipal.
O evento teve a participação do prefeito Dilador Borges (PSDB), da vice, Edna Flor (Cidadania), de secretários e funcionários comissionados, dentre outros, e foi realizado para inaugurar obras no cemitério, dentre elas, um bebedouro.
“Achei uma coisa ridícula. Ele (o prefeito Dilador) indo ao cemitério inaugurar um bebedouro, fazendo um banquete dentro do cemitério, onde todos vão visitar o seu ente querido. Foi uma falta de respeito”, declarou Pichitelli.
AOS DOMINGOS
O vereador observou que, a pouco menos de um ano das eleições, o prefeito tem assinado ordens de serviços até aos domingos, caso da obra da avenida Dois de Dezembro, cuja ordem de serviço foi assinada neste domingo (3).
“Estas obras se tornaram possíveis, porque, nós, vereadores, aprovamos o financiamento de R$ 26 milhões que a Prefeitura fez com a Caixa”, reiterou. “E apesar de ter votado a favor deste empréstimo, tenho uma preocupação porque este financiamento vai começar a ser pago daqui a dois anos e os cofres da Prefeitura não estão grande coisa não”, completou.
Pichitelli disse que a empresa que recolhe o lixo na cidade está com o pagamento atrasado e citou que há convênios de responsabilidade do município que também estão com os repasses em atraso. Ele, no entanto, não citou quais.
“De julho pra cá, a Prefeitura vem tendo dificuldade de fazer estes pagamentos e os problemas vão continuar. Daqui a pouco começam as chuvas e vem aquela buraqueira”, afirmou.
SERVIDORES
O parlamentar do PSL, que é também presidente do Sisema (Sindicato dos Servidores Municipais de Araçatuba e Região), também criticou a postura do prefeito para com os funcionários. “Muitas categorias têm reivindicações e o prefeito não está abrindo as portas para conversar com elas”, disse.
Pichitelli citou que os servidores estão sem receber licença-prêmio (benefício recebido a cada cinco anos, que equivale a três salários do servidor).
Segundo ele, há 500 licenças vencidas desde setembro de 2016 e a Prefeitura parou de pagar em outubro de 2018. “Daqui a menos de dois anos essas licenças vão prescrever e o servidor vai ficar sem receber”.
Ele lembrou, ainda, que a Câmara autorizou o repasse de R$ 7,5 milhões da Prefeitura à Santa Casa. “Mas para o servidor nunca tem nada”, comparou.
Por fim, Pichitelli fez um apelo ao prefeito: “Converse com os funcionários e dê uma satisfação. Eles são importantes para a administração e merecem respeito. Sem eles, a Prefeitura para”, finalizou.