Adelice Aparecida Queirós Honorato, 33 anos, conhecida como ‘Viúva Negra’ e integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi presa nesta terça-feira (8), em Araçatuba.
Ela era considerada foragida da Justiça do Mato Grosso do Sul e teve sua prisão preventiva decretada após participação no assassinato de uma mulher, em Três Lagoas (MS), no começo de setembro desse ano.
Adelice foi presa no bairro Porto Real, onde estava escondida na casa de parentes. Policiais civis do GOE (Grupo de Operações Especiais) tomaram conhecimento sobre a foragida e intensificaram a investigação na área.
A mulher foi abordada caminhando pelo bairro e inicialmente forneceu nome da cunhada, mas os investigadores a reconheceram pela foto compartilhada pela Polícia Civil de Três Lagoas.
A foragida estava com um celular e R$ 300 em dinheiro. Na casa do irmão, os policiais encontraram três pinos de cocaína em uma gaveta usada pela indiciada.
Durante a revista na residência, os policiais notaram que uma tomada de energia do banheiro estava aberta. Nela, foram encontrados pinos com cocaína. Outras tomadas foram abertas e os policiais apreenderam um total de 73 pinos com cocaína na casa (foto abaixo).
Os investigadores ainda recolheram, na residência, um caderno com anotações sobre movimentações do PCC.
Adelice disse aos investigadores do GOE que foi batizada na facção com o apelido de Viúva Negra e que tem a função de sintonia do grupo, uma espécie de contato entre escalões mais altos com os criminosos que executam funções para a organização.
Adelice foi levada para o plantão policial de Araçatuba. Além de ser presa pelo homicídio praticado em Três Lagoas, ela foi autuada em flagrante por tráfico do drogas.
O irmão dela, que não foi encontrado em casa, também foi relacionado na ocorrência de tráfico e deve responder pelo crime. A Viúva Negra do PCC seria transferida para Três Lagoas nas próximas horas.
Crime Bárbaro
O homicídio pelo qual Adelice foi presa ocorreu em 4 de setembro em Três Lagoas. A vítima do crime, Érica Rodrigues Ribeiro, 29, foi morta com pelo menos 37 facadas. O corpo foi encontrado em uma região conhecida por Cascalheira, às margens do rio Sucuriú.
Três pessoas foram presas horas após o encontro da vítima. Adelice fugiu e desde setembro era considerada foragida da Justiça.
Conforme a Polícia Civil de Três Lagoas, Érica também tinha envolvimento com o tráfico e cumpria pena em regime domiciliar. De acordo com a investigação, a vítima foi sequestrada por quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, na noite anterior ao crime.
A vítima vinha sofrendo ameaças de morte e já havia registrado boletim de ocorrência. Após ficar sabendo do sequestro por familiares, a polícia encontrou o corpo da mulher. A polícia acredita em acerto de contas e que a vítima tenha sido executada após passar pelo “tribunal do crime”. O caso continua sendo investigado.