O projeto Sustentabilidade Humana, do Sesc Birigui, traz uma série de encontros que propõem a discussão de temas relacionados a ações que derivam do viver, visando a valorização da vida humana e uma relação harmônica entre natureza, sociedade e indivíduo.
Em setembro, a programação explorou os temas adoção e trabalho. Agora em outubro, as atividades trazem como centro a doação de sangue, medula, órgãos e cabelos. A participação é gratuita e não é necessário fazer inscrição antecipadamente.
Os encontros acontecem nas próximas quartas do mês, sempre às 19h30, no Polo Avançado do Sesc em Araçatuba (Rua São Paulo, 382, Centro).
No dia 16, acontece o bate-papo Doação de sangue e medula óssea, com Aline Durante e Carlos Barbosa, acerca do ato de solidariedade e compromisso social que pode salvar vidas.
Aline é formada em Serviço Social e atua no setor de comunicação social do Núcleo de Hemoterapia de Araçatuba. Carlos Barbosa, jovem ativista de direitos humanos que, em 2017 foi diagnosticado com câncer e precisou realizar um transplante de medula óssea.
Ele representa uma mínima parcela da população por ter realizado um transplante autólogo (quando o paciente pode receber sua própria medula óssea como parte do tratamento).
No dia 23, a conversa é sobre Doação de órgãos em prol da manutenção da vida, com Mário Pereira. Farmacêutico, pai e avô, ele teve uma filha que sofreu um AVC aos 27 anos, em 2015, e a família doou todos os seus órgãos. Seu coração continua batendo no peito de uma senhora que vive na Bahia.
A atividade propõe uma discussão sobre a doação de órgãos, tendo como ponto de partida o fato de a lista de espera ser grande e não conseguir suprir a demanda, e alertando que uma das formas de possibilitar o aumento de doações de órgãos é a pessoa avisar a família quanto à sua disposição como doador.
No dia 30, acontece o bate-papo Doação de cabelo humano e perucas, com Diane Yamamoto, que coloca em foco pessoas que optaram por usar peruca, por questões relacionadas a perda de cabelo em processos de tratamento de saúde, e doadores de cabelo, a fim de abordar a importância do ato de doar algo que em geral é descartado, mas que pode contribuir muito para a auto estima de algumas pessoas.
Diane Yamamoto é docente e enfermeira que atua no voluntariado há mais de dez anos e iniciou-se na doação e captação de cabelo humano após um estágio no Hospital infantil do Câncer em Cascavel (UOPECAN) durante a faculdade.
Todas as atividades serão mediadas por Amanda Silva, técnica de programação das áreas de direitos humanos e diversidade cultural do Sesc Birigui, doadora de sangue desde 2011 e doadora de órgãos sob o conhecimento da família. Em 2016 raspou a cabeça e doou seus cabelos a uma instituição que atende a pessoas com câncer, em São José dos Campos.